Exposição de Handebol no Museu de Sapiranga segue até o final de fevereiro

Acervo exposto conta com dezenas de peças e registros do esporte no município Foto: Divulgação

Sapiranga – Segue até o final de fevereiro a exposição que conta a história das conquistas do handebol em Sapiranga. São mais de 30 camisetas, equipamentos de treino, cerca de 15 troféus, entre outros. Os itens ficarão expostos no Museu Municipal Adolfo Evaldo Lindenmeyer até o final de fevereiro, com horário de visitação de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30, e das 13h às 17h30.

A Diretora de Cultura de Sapiranga, Talita da Rosa, conta como surgiu a ideia da exposição. “Durante nossa confraternização de final de ano do Departamento de Cultura, eu e a Carla Matzenbacher começamos a falar sobre quais seriam nossas exposições temporárias de 2019 no museu. Eu falei que poderíamos falar sobre o handebol, esporte que já trouxe inúmeros títulos para o município”, explica Talita, que já integrou a equipe de handebol do município.

Outra atleta que já participou foi Tatiana Belmonte, de 31 anos. “Joguei de 2000 até 2003. Era uma equipe muito boa, éramos muito amigas. O handebol me fez muito bem, me fez superar obstáculos. A exposição é ótima, as pessoas precisam disso, precisam ter contato com o esporte”, disse.

Taina Zanardi, de 21 anos, praticou o esporte por oito anos. “Joguei 8 anos, comecei em um projeto na escola. Quando soube que haveria seleção de meninas para o time de Sapiranga me inscrevi e passei, onde joguei 5 anos. A exposição do museu está linda, ao entrar lá para visitar, vem tantas lembranças na memória e aquele sentimento de gratidão e dever cumprido por fazer parte de um pouquinho dessa história linda do handebol Sapiranga”, disse Taina.

Diretora de Cultura comenta

A Diretora de Cultura de Sapiranga, Talita da Rosa, fala sobre a importância do esporte e da exposição.

“Acredito que o esporte é uma forte ferramenta para nos ensinar a ter disciplina, superar ação, trabalho em equipe e principalmente para construir amizades. Por isso, o handebol é nossa exposição temporária deste mês no museu”, destaca Talita da Rosa.

A Diretora de Cultura revela ainda que também já jogou no time de handebol. “Em 2014, joguei no time da escola Genuíno Sampaio, escola onde estudei o ensino médio e fomos campeãs do JERGS. Eu no início não sabia jogar muito bem, aprendi muito com minhas amigas Tainá Zanardi e Ritiéli Camilo que treinavam comigo no horário da educação física. Muitas meninas que joguei naquela época continuam jogando até hoje, jogam MA Hand Club Sapiranga, e elas jogam muito bem. Por admirar esse esporte e todas as meninas que fizeram história no handebol sapiranguense sugeri que fizemos a exposição temporária sobre isso. Foi a melhor época da minha vida. Me descobri como pessoa atleta e tudo mais. Fiz amigas que trago comigo até hoje”, revela a Diretora de Cultura de Sapiranga, Talita da Rosa.

Treinador com muita história

Claudio Augustin (Caio) foi técnico de 1980 até 2012, e atualmente atua como arbitro de handebol. Ele é o dono do acervo disponibilizado no museu. Ele conta sobre sua trajetória no esporte.

“Eu fui técnico por cerca de 30 anos. Fui técnico aqui em Sapiranga, com a equipe daqui e outras. Com as equipes femininas fomos campeões brasileiros, da liga nacional, bicampeões sul-americanos, tetracampeões brasileiros e inúmeros outros títulos, mais de 500. Quanto ao convite da Carla Matzembacher que foi minha atleta, gostei e aproveitei a oportunidade, pois tenho o acervo do handebol na minha casa. As escolas sempre vão até lá, eles olham os vídeos, o acervo, está tudo documentado. Então partindo do convite do museu, eu achei importante colocar uma representação do que foi o handebol em exposição. Eu agradeço muito a oportunidade”, disse Caio.

Incentivo ao esporte

Carla Matzembacher, professora de Ginástica Artística há mais de uma década, atuou por muitos anos junto à Secretaria da Educação, Cultura e Desporto (SMED), e também jogou handebol, o que a incentivou a cursar educação física.

Joguei handebol de 1979 até 1991. Caio foi meu técnico e amigo, ele quem me incentivou a cursar Educação Física e me influenciou a ser professora. O esporte mudou a minha vida. Lecionava de dia e treinava a noite. Tínhamos um projeto que atendia mais de 400 crianças nas escolinhas de base. Tenho orgulho dessa caminhada. Até temos um grupo no Whats das veteranas do esporte, chama-se handebol, mãos e mente”, revela Carla.

Texto: Taylor Abreu

Fotos: Divulgação