Estado quer ampliar prazos para empresas instalarem bilhetagem eletrônica

O projeto do governo estadual gaúcho para conceder gratuidade no transporte intermunicipal dos estudantes, pelo menos na área de abrangência do Jornal Repercussão, custa a decolar. Além da baixa adesão dos estudantes na proposta – que foi uma das grandes reinvindicações dos movimentos populares nas manifestações de junho de 2013 – o governo estadual enfrenta um outro desafio.
Pela segunda vez em 2014, a Metroplan – Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional – prorrogou o prazo para as empresas detentoras da concessão do transporte público instalarem as catracas para a leitura do cartão TEU Estudantil. “As empresas tem até julho para fazer esta instalação de equipamentos. Mas, o prazo pode ser novamente estendido”, revela o coordenador do programa Passe Livre na Metroplan, Hélio Schreinert.
As duas entidades estudantis (de Campo Bom e Sapiranga) foram consultadas pela reportagem e revelaram que acabam se tornando reféns do processo. Em Campo Bom, a União dos Estudantes (UECB), passa por um momento de transição na sua diretoria e o tema do passe livre deverá ser retomado após a nova eleição. 
Em Sapiranga, a direção da União Estudantil (UES) também se mostra frustrada com a lentidão do processo para que os estudantes consigam ser contemplados, realmente, com o prometido passe livre estudantil.
Projeto fica no papel
Nesse cenário, quem acaba pagando mais caro para usufruir do transporte público são os estudantes.
A coordenadora da União Estadual dos Estudantes Livre (UEE-Livre), Ana Carolini Andres, destaca que o processo do passe livre foi implantado de forma atropelada pelo governo gaúcho e os reflexos estão sendo sentidos pelos estudantes.