Estado não define prazo para decisão sobre futuro do programa de Policiamento Comunitário

Campo Bom – Na semana passada o Jornal Repercussão abordou uma situação que tem causado dor de cabeça para as lideranças em segurança pública do município de Campo Bom: o destino do policiamento comunitário.

Desde fevereiro, Campo Bom, assim com outros municípios gaúchos que aderiram ao programa, convivem com a incerteza se o programa será renovado ou não. Há interesse por parte do município na renovação do programa, considerando que o prefeito Luciano Orsi assinou a renovação, assim como o presidente do CONSEPRO, Pedro Rogério. No entanto, quem ainda não tomou uma decisão foi a Secretaria de Segurança Pública, que também precisa realizar a assinatura do contrato para renovação do convênio, o que não ocorreu para nenhum município que aderiu ao programa.

Informações extraoficiais dão conta de que o motivo da não renovação, seria devido a alguns policiais militares terem requerido vínculo empregatício (não é o caso em Campo Bom), quando na realidade o programa é uma forma de ajuda de custo para a manutenção e permanência destes PM’s nos núcleos comunitários. Devido a isto, a Procuradoria Geral do Estado teria dado parecer contrário à renovação do convênio.

Até a definição, o futuro do programa é incerto, mas o capitão da Brigada Militar de Campo Bom, Tiago Reimann, disse que pretende seguir com o programa por enquanto.

Lideranças comentam

Luciano Orsi, prefeito de Campo Bom.

“O policiamento comunitário é de extrema importância pois é a modalidade que aproxima a Brigada Militar da comunidade, faz com que o brigadiano conviva com a comunidade, e com isso conheça melhor os seus problemas. O policiamento comunitário tem dado bons resultados, temos reduzido os índices de criminalidade de uma maneira significativa nos últimos anos”.

 

 

Omar Hoffmeister, presidente da CDL Campo Bom.

“Para nosso município o Policiamento Comunitário sempre foi muito atuante e sem dúvidas é de suma importância que possamos contar com esse serviço. Desse modo, é uma lástima para todos a falta da assinatura do termo de renovação desse convênio, pois sabemos a real necessidade de manter o Policiamento Comunitário, o quanto ele é efetivo e auxilia na inibição de delitos em Campo Bom”.

 

 

 

 

 

Fabiano Feldes, secretário executivo do Gabinete de Gestão Integrada.

“O policiamento comunitário é uma ferramenta importante do município na questão de segurança pública. Já encaminhamos ofícios solicitando essa renovação, sabemos que a Câmara também está fazendo uma moção, e estamos articulando de todas as formas possíveis para que seja renovado esse convênio, pois sabemos que com ele os índices de criminalidade caíram”.

 

 

 

 

SSP se pronuncia sobre programa

Em contato com a Secretaria de Segurança Pública do estado, a redação do Jornal Repercussão obteve a informação de que o programa está sendo reavaliado, e que ainda não há decisão final sobre a permanência do programa ou não. “Em relação ao Programa de Policiamento Comunitário no município de Campo Bom, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) está em processo de reavaliação do instrumento, tendo vista que é necessário adequá-lo às diretrizes legais relativas à Segurança Pública e aos programas em elaboração e execução pela atual gestão estadual. Tão logo haja definição nesse processo, o município será comunicado para dialogar com o Estado sobre a questão. Em relação à avaliação do programa, o Estado vê o Policiamento Comunitário como um importante instrumento de integração com os municípios para aprimorar as condições de prestação de serviços para a população local”, finaliza a nota.

Texto: Taylor Abreu

Fotos: Arquivo JR