Estado fechará escola em Quatro Colônias

Campo Bom – O último dia letivo na Escola Estadual de Ensino Fundamental Quatro Colônias tem dia marcado: 20 de dezembro. A data, além de ser a última do calendário, marcará o fim de uma história de 50 anos da escola de Campo Bom. Isso porque, em razão de um processo que vem se consolidando ano após ano, as escolas estaduais vêm deixando de atender estudantes do Ensino Fundamental (ficando esta tarefa compartilhada com os municípios).
Conforme a ex-diretora, Adriane Fiuzza, os 20 alunos do 8º ano se formarão normalmente, mas os estudantes do 6º e do 7º ano terão que buscar vagas em outras escolas, inclusives municipais. “A Escola Quatro Colônias foi impedida de receber novos alunos e isso levou ao fechamento”, aponta.
Para tentar manter a escola em atividade, Adriane buscou articular o acesso da instituição de ensino no Projeto Pronacampo, sem obter resultados. “Acabamos esbarrando na falta de estudantes matriculados e na negativa do Conselho de Educação”, explica. 
A secretária de Educação de Campo Bom, Eliane dos Reis, lamentou o fechamento e a forma como o Estado trata a educação.
Cartazes na Câmara
Após ficar sabendo que pais e estudantes foram até a Câmara de Vereadores de Campo Bom para mostrar sua inconformidade com o fechamento da escola, uma ex-professora da instituição mostrou contrariedade com o jogo político feito por alguns vereadores durante a sessão de segunda-feira (25). “Tem vereador que mora quase em frente à escola e que nunca se mexeu para impedir o fechamento, agora, querem fazer cena”, disse a professora .
Desde 2006, mais de 350 escolas estaduais cessaram atividades no Estado. Do total, ao menos 60% dos prédios não receberam um novo aproveitamento.
A região do bairro Quatro Colônias fica na divisa com Sapiranga. O temor é de que, com o crescimento populacional, no futuro os prefeitos tenham que lutar em Brasília para a construção de uma nova escola.
A Secretaria Estadual de Educação (Seduc), através da assessoria de imprensa, disse que a medida do fechamento foi planejada no governo Yeda Crusius. “Ainda não sabemos o que fazer com o prédio, mas chamaremos a comunidade para dialogar”, disse Mariléia Cell