Estado deixa faltar insulina na Farmácia de Sapiranga

Leitor, que necessita do medicamento, denunciou o problema

Região – Na última semana, um leitor do Jornal Repercussão entrou em contato com a reportagem para informar sobre um problema que, para ele, e com certeza, para diversas outras pessoas, é muito sério e que vem acontecendo em Sapiranga. “Tenho 20 anos e resido na cidade de Sapiranga desde os cinco anos, quando fui diagnosticado com diabetes tipo 1. Necessito de uso contínuo de insulina para sobreviver”, relata.

Ele conta que nunca teve problemas para receber o medicamento por parte do Estado, mas, a realidade mudou. “De um tempo para cá, vou na farmácia municipal, como de costume, para receber os frascos da medicação, as quais não tenho condições de comprar, pois é vendida a um preço inacessível, e não estou mais retirando”, contou o leitor. Segundo ele, as respostas que recebe da Secretaria de Saúde são sempre as mesmas, de que está em falta no Estado e não se tem previsão de recebimento. “Totalmente insatisfeito com a superficialidade da resposta, me obrigo a acatar, já que nada posso fazer a não ser ficar a mercê de tal situação”, declara, indignado, ao pedir por ajuda. Pela internet, um frasco de Insulina Humulin, com 10ml, na promoção, custa R$48,64. Preço original R$60,80.

Suprimento de insulina pelo Estado é problema apenas em Sapiranga
Ao ser questionada sobre a situação, a secretária de saúde de Sapiranga, Janete Salvati Hess, confirmou que no último mês o Estado não enviou aos municípios a insulina lispro, que é a dispensada na farmácia de medicamentos especiais. “As insulinas são medicamentos de responsabilidade de aquisição e distribuição dos Estados para os Municípios, conforme a Relação Nacional de Medicamentos. O Estado não deu nenhuma previsão, até o momento, de quando será restabelecido os estoques desta insulina”, declarou a secretária.

Estado, Nova Hartz e Campo Bom
O problema, pelo menos por enquanto, é apenas em Sapiranga. Conforme o secretário de saúde de Nova Hartz, Neri Chicatto, a situação no município é tranquila. “Sempre temos que pedir, se não for atrás, não ganha, mas temos normal, também na farmácia popular, que entrega de graça. Mas, a princípio, está tudo certo” declarou.

Mesma situação de Campo Bom, onde, conforme o farmacêutico do Município, Fabrício Marques, o estoque de insulinas está regular. “Temos em nosso estoque insulinas de ação intermediária (NPH); ação rápida (REGULAR); ação Ultra-rápida(LISPRO e ASPARTE, fornecidas pelo Estado); ação longa(GLARGINA,fornecidas pelo Estado). Todas encontram-se com disponibilidade inalterada”, informou.

Nota da redação: Após o fechamento e circulação do Jornal Repercussão, a Secretaria Estadual de Saúde (SES), respondeu aos questionamentos da reportagem. O contraponto segue abaixo:
“As insulinas distribuídas pela Assistência Farmacêutica Estadual: Glargina, Aspart e Detemir estão com estoque regular no município de Sapiranga. A insulina Lispro está em falta e a Secretaria Estadual da Saúde já licitou nova compra para reabastecimento dos órgãos de atendimento.”