Sapiranga – No início de abril, o Repercussão chamou atenção para o grave problema da falta de professores na rede estadual de ensino. Sendo que em Sapiranga, o caso mais crítico e com necessidade imediata de ação era no Instituto Estadual Genuíno Sampaio, com déficit de 10 professores (um professor para o quarto ano e para as disciplinas de Biologia, Física, História, Geografia, Sociologia, Língua Portuguesa, Literatura, Matemática e Ensino Religioso). A diretora, Susana Regina da Silva, descreveu a situação como desesperadora.
A boa notícia chegou na semana passada, quando o secretário estadual de educação, Faisal Karam, anunciou o envio dos dez profissionais para a instituição. O calendário de aulas dos alunos, inclusive, está normalizado desde o início desta semana. Para recuperar as aulas que faltaram desde o início do ano letivo a escola terá que definir a melhor maneira. “Em relação à recuperação das aulas, a direção da escola deverá estabelecer um cronograma para restabelecimento da carga horária”, informou o comunicado enviado à redação do Repercussão pela Secretaria Estadual de Educação.
Problema continua nas demais
Seduc orienta remanejamento
“A Secretaria Estadual de Educação reitera que todos os pedidos para preenchimento de vagas serão supridos e na impossibilidade momentânea de contar com um profissional da área em determinada matéria, a orientação é que as aulas transcorram com o remanejamento dentro do próprio quadro de recursos humanos”, diz o texto enviado à redação. O esforço, entretanto, vem esgotando professores e direção. “Estamos mantendo sem liberar, fazendo um esforço conjunto, fora do comum, porque todos nós, direção, professores e alunos estamos ficando esgotados. Muito complicado, além do mais, o aluno vai se desestimulando com o estudo, porque por mais que vamos fazendo, não é o professor da disciplina e o aluno sente isso”, declarou Rejane, diretora da escola Mathilde.
Texto e Fotos: Sabrina Strack