Escritor Henrique Schneider participa de Festival de Literatura no Egito

Região – Bairrismo é algo que Henrique Schneider já deixou para trás há algum tempo. Para além das fronteiras gaúchas, o escritor de Novo Hamburgo chega agora em terras egípcias para falar sobre sua obra “Setenta” no Festival de Literatura do Cairo, que acontece entre os dias 20 e 25 de abril. À convite da Editora SefSafa, que é a responsável pela publicação e tradução do livro no país, e com o apoio da Embaixada Brasileira no Egito, Henrique participará do evento em dois dias de bate-papo.

O Festival de Literatura do Cairo irá reunir escritores do mundo todo em seis dias de interação entre culturas diferentes. Dia 22, Henrique participará de um debate com o renomado escritor egípcio Sonallah Ibrahim, que também é autor de uma obra de mesmo nome da do gaúcho, “1970”. A conversa ficará centrada nas semelhanças entre os dois livros. Já no dia 24, o encontro se estenderá com a crítica de cinema, escritora, romancista e tradutora egípcio-canadense May Telmissany. O tema “literatura e cidades” promete dar as diretrizes do bate-papo, já que nas obras de ambos escritores há a citação de muitos locais reais que acabam por se tornar cenários e centros de variados enredos fictícios. Schneider afirma que esse é um evento que vai muito adiante de suas manifestações.

“É uma alegria muito grande estar num lugar tão distante e com uma cultura tão distinta, justamente. Esta é uma forma de eu levar, mas também trazer muito para a minha própria literatura”, diz o escritor.

“Setenta” foi publicado no Egito pela Editora SefSafa, que tem em seu currículo traduções de renomados escritores brasileiros como Machado de Assis e Eça de Queiroz. A obra, nos dois últimos anos, foi lançada também na Itália e na Indonésia. Vencedor do Prêmio Paraná de Literatura 2017 na categoria Romance, Setenta voltou a ser destaque ano passado ao ser indicado à categoria “Livro Brasileiro Publicado no Exterior” do Prêmio Jabuti 2023, no qual foi finalista.