Escolas têm investido em portões eletrônicos e zeladores para manter segurança dos alunos

Escola Municipal Ayrton Senna, de Sapiranga, mantém portões fechados durante a aula (Foto: Melissa Costa)

Região – A chacina cometida em uma escola de educação infantil de Santa Catarina, quando três crianças e duas professores foram mortas a facadas, trouxe à tona a preocupação das famílias quanto à segurança dos alunos nas escolas. No último dia 4, um rapaz de 18 anos invadiu uma Emei no município de Saudade e assassinou as vítimas, que estava em sala de aula, com uma adaga. As mortes deixaram o país perplexo, tamanha crueldade e frieza.
Na região, o Grupo Repercussão conversou com secretárias de Educação e as chefes das pastas contaram como tratam da segurança nos acessos, portões, das instituições. Os municípios seguem protocolos, na sua maioria, com portões eletrônicos e fechados durante todo o período de aula. E, no momento que eles estão abertos para a entrada ou saída de alunos, há profissionais acompanhando a movimentação.
O município que mais está implementando mudanças é o de Taquara. A inexistência de zeladoria nas escolas municipais de Educação Infantil deixou a nova gestão alarmada. A resposta a esse conflito já pode ser constatada em algumas escolas e logo todas as Emeis estarão recebendo, pela primeira vez na sua história, um servidor para atentar à segurança quanto à entrada e saída, auxiliando na abertura e fechamento dos portões e na vigilância da instituição.

Por mais segurança

A prefeita Sirlei Silveira ressalta o empenho da sua gestão em proporcionar mais segurança nas escolas. “Além dos cuidados acerca da covid, todas as escolas de Taquara terão segurança na porta para proteger as crianças, restringindo o acesso de quem entra nos educandários e cuidando da segurança dos estudantes. Isto foi possível graças ao chamamento de novos zeladores e também pela reorganização dos servidores que trabalham como vigilantes para o município”, afirma a prefeita.

Câmeras, portões fechados e cuidados diários

Em Sapiranga, a secretária de Educação, Cláudia Kichler, explica que nas escolas de educação infantil há câmeras que captam imagens nas entradas e áreas externas dos prédios, assim como nos espaços coletivos e salas de aula. “Durante o período de aula, os portões são fechados e há campainha. Na entrada e saída de alunos, há um profissional que permanece nos portões e o acesso só é permitido após identificação da pessoa”, explica ela. Nas escolas do fundamental, há acesso às famílias e os portões ficam trancados. “É a forma que temos de fornecer pouco mais de segurança”. Em Parobé, a secretária de Educação, Joana D’arc, destaca que “todas as escolas têm portão eletrônico e ele fica fechado durante o período de aula. Na entrada e saída, é feito acompanhamento por um adulto da escola, geralmente alguém da equipe gestora. Não deixamos escola aberta, somente o período necessário e com monitoramento. Qualquer pessoa que chega precisa tocar campainha e se identificar; somente depois disso, é atendida”, explica ela.

Com a palavra, as secretárias

Cláudia Kichler, secretária de Sapiranga. “Cuidamos com portões e acessos em todas as escolas, sendo que nas Emeis ainda temos o suporte de câmeras. São todos cuidados pensando na segurança dos alunos”.

Joana D’arc, secretária de Parobé. “Qualquer pessoa que chega precisa tocar campainha e se identificar; tomamos todas as medidas para proporcionar maior segurança aos alunos e nossas equipes”.

Carla Silveira, secretária de Taquara. “Desde que a gestão assumiu, já estávamos trabalhando para melhorar a segurança nas Emeis. E, agora, conseguimos iniciar essa mudança que tanto nos preocupava nesses meses”.