Escolas estaduais voltam às aulas em 2013 com os mesmos problemas de 2012

Região – Das 17 escolas estaduais existentes em Campo Bom, Sapiranga, Araricá e Nova Hartz, apenas cinco possuem o quadro de professores e de servidores completo. Nas outras 12, há dificuldade no fechamento do quadro de docentes, conforme mostra levantamentto exclusivo desenvolvido pela reportagem do Jornal Repercussão. Na Escola de Ensino Médio de Araricá a diretora, Sandra Helena Couto, acumula as funções de coordenadora pedagógica, vice-diretora e até mesmo de merendeira.
A carência de professores em Sapiranga afeta mais de cinco mil estudantes, deixando pais, alunos e os próprios profissionais apreensivos, conforme relata o diretor da escola Almeida Junior, Delmar Friedrich. “Há carência de professores nas disciplinas de português, inglês e educação física. Fizemos um contato com a 2ª Coordenadoria de Educação (2ª CRE) e a expectativa é de que até o final do mês a situação esteja normalizada”, explicou.
Mesmo nomeando mais de 5,5 mil professores no ano passado, a Secretaria Estadual de Educação ainda enfrenta dificuldades. Além de Sapiranga, há falta de professores em Nova Hartz, na escola Elvira Jost e Germano Hessler, onde estudam cerca de 2 mil alunos e na La Salle, de Campo Bom, com mais de mil alunos.
Para o secretário estadual de Educação, Jose Clovis de Azevedo, o governo não possui falta de professores. “Temos uma instabilidade no quadro, que conta com 21 mil contratados, o que também é uma distorção que foi colocada na rede com a contratação de um terço de professores com contratos precários nos dois governos que nos antecederam”, argumenta. Sobre a necessidade de novos servidores Azevedo respondeu. “Haverá concurso para funcionários de escolas para suprir as necessidades”, explicou.