Escola Maria Almerinda, de Nova Hartz, se capacita para oferecer aula de robótica

Nova Hartz – Oportunizar o ensino da robótica aos estudantes do 6º ao 8º ano é uma das metas da Escola Municipal de Ensino Fundamental Maria Almerinda Paz de Oliveira, do bairro Campo Vicente. Através de uma articulação que partiu da direção da escola, do vereador Robinson Bertuol (PSC), do Ministério de Ciência e Tecnologia, do Governo Federal, e da própria Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, serão direcionados para a escola materiais de robótica da plataforma Arduino (com placas, resistors, cabos USB, entre outros itens) para as aulas práticas com os alunos.

Para colocar o laboratório de informática em condições para o aprendizado dos estudantes, a Escola Maria Almerinda elaborou um projeto onde explicou a proposta para a Universidade Feevale.Sensibilizados com a ideia da escola, a instituição direcionou dez computadores, a pouco mais de um mês, para que a direção pudesse restruturar o defasado laboratório existente no local.

A diretora da Maria Almerinda, Diaquira Reichert, revela que a intenção da escola é fomentar a pesquisa entre os estudantes através da robótica e a tecnologia. “Em 2018, oportunizamos uma aula sobre o tema com a Feevale. A proposta foi bem aceita e contamos com o interesse de dezenas de estudantes para esse projeto que ocorrerá no turno inverso”, revela a diretora.

Secretária de Educação diz que ideia pioneira é exemplar e autonomia é incentivada

A secretária de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, Veronice Zandoná, conta que foi necessário enviar um ofício ao Governo Federal solicitando o material de robótica. “A iniciativa de criar o projeto foi da própria escola, e isso é ótimo, pois incentivamos a autonomia das equipes diretivas, uma vez que dessa forma a educação do município só tem a ganhar. A iniciação cientifica tem ganhado destaque e investimento, porém no que se refere a tecnologia recebemos equipamentos velhos e ultrapassados e para revitalizar todas escolas é um valor altíssimo que precisa ser investido”, avalia.

Agenda com membro do governo Bolsonaro no sábado

Para a concretização da chegada dos materiais de robótica à escola Maria Almerinda, ainda há um caminho a ser percorrido. Neste sábado (dia 15), Ivo Leite, do Ministério de Ciência e Tecnologia, do Governo Federal, visitará a escola, e a agenda servirá, ainda mais, como meio de aproximar os envolvidos nessa iniciativa. “O laboratório de robótica funcionará no espaço do laboratório de informática. Quando os materiais chegarem, vamos remodelar um pouquinho o espaço para ficar dentro do que necessitamos”, explicou a diretora.

Para repassar ensinamentos desse campo do conhecimento, uma professora da Escola Maria Almerinda está em processo de capacitação junto à Universidade Feevale. “A professora Giseli, que coordenará esse curso extra-curricular, gostou da ideia quando eu apresentei a proposta. Desde então, ela tem buscado o conhecimento necessário”, relembra a diretora. A ideia é iniciar as primeiras aulas no segundo semestre de 2019, pois tudo ainda depende da chegada dos materiais. Porém, há um plano B. “Caso contrário, a própria escola comprará os itens”, projeta a diretora Diaquira.

O reitor da Universidade Feevale, Cleber Prodanov, parabenizou os movimentos da escola. “Iniciativas como essa da escola Maria Almerinda Paz de Oliveira que, por meio de um projeto, buscou equipar seus espaços com computadores que irão auxiliar nas atividades pedagógicas, sempre devem ser valorizadas. Para nós, da Universidade Feevale, é uma satisfação poder viabilizar, aos estudantes de Nova Hartz, mais uma oportunidade de aprendizagem. Esperamos que essa doação contribua, de forma significativa, para a formação dos alunos.”

Estudos científicos e tecnológicos

Aproximar o estudo científico e tecnológico aos estudantes da rede de ensino fundamental abrirrá horizontes e novas perspectivas aos alunos, conforme a avalia a diretora Diaquira. “A área de iniciação científica envolve pesquisa e é necessário que os estudantes façam um movimento muito próprio deles para buscarem soluções para determinados problemas e desafios, que às vezes, são próprios da comunidade, do espaço da escola ou do ambiente familiar. Com esse projeto, pretendemos ampliar esse horizonte para a pesquisa e ao encontro de soluções, e exatamente, buscando determinadas referências, sejam elas bibliográficas ou através da coleta de dados”, avalia Diaquira.

Protagonismo é fomentado entre estudantes

A diretora ainda considera fundamental os estudantes assumirem o protagonismo no ambiente escolar, e com isso, aprimorar diferentes áreas do conhecimento. “Com isso, queremos romper a fronteira da leitura, a oralidade, da estatística, da matemática, pois precisarão realmente estudar e ler muito. Elaborar textos e produzir e criar condições para melhorar determinadas situações, e isso desenvolve uma série de outras habilidades”, conclui.