Escola Duque contribuiu para a expansão do município

Legado | História da escola se confunde com a trajetória da própria cidade de Sapiranga

Se Sapiranga completa 60 anos, o Centro Sinodal de Ensino Médio de Sapiranga, também conhecido como Colégio Duque de Caxias, tem um pouco mais. Com 165 anos, a entidade está profundamente ligada à história e o desenvolvimento do município.
O diretor do Duque, Sérgio Michels, conta que a escola foi uma iniciativa particular dos pais dos alunos. “Eles fizeram uma espécie de associação. Os pais pagavam uma mensalidade como sócio, não como uma mensalidade do aluno por estar matriculado. Era na verdade uma contribuição como sócio, para manter a escola”.
Sérgio considera que a iniciativa também tinha o objetivo de manter a identidade alemã. “Esse pessoal veio de fora, chegou num lugar que não era sua terra natal. E para fazer o ensino confirmatório, deveria saber ler a Bíblia e o catecismo. Assim, mantinham a identidade religiosa e étnica. Afinal de contas, você não preserva sua identidade se você não escreve, se não registra”.
Já no século XX, as necessidades da população se modificam, e o Duque as acompanhou. Passa a ser importante ter noções boas de matemática pra poder administrar, ou uma pequena propriedade ou um comércio. “A escola, nesse sentido, foi acompanhando o desenvolvimento não só da nossa localidade, mas também do Rio Grande do Sul e do Brasil”, pondera Sérgio. 
Duque de Caxias acompanha o desenvolvimento da cidade
Sérgio comenta que a escola também esteve presente na época em que surgiram os cursos técnicos. “O técnico em mecânica e o técnico em contabilidade eram os dois que tínhamos. A escola foi acompanhando o desenvolvimento da cidade, até porque o calçado começou a explodir no município. Um projeto muito importante da escola foi o EJA, em parceria com as empresas da cidade, para que quem trabalhasse nas fábricas, concluísse seu estudo”.