Escola de Sapiranga comemora 68 anos de atividades em educação

Sapiranga – A Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) 25 de Julho está de aniversário neste mês de março. No último dia 13, completou 68 anos ininterruptos de aula, dois anos a mais que o próprio município, que em 28 de fevereiro fez 66 anos. A EMEF está localizada na rua da Igreja, s/nº, na localidade de Picada São Jacó, Morro Ferrrabraz.

Fundação da escola com chegada dos imigrantes alemães

A imigração de famílias vindas da Alemanha, no início do século XX, para Sapiranga, então distrito de São Leopoldo, trouxe a necessidade de uma escola, pois eram aproximadamente 58 crianças. A primeira escola foi onde hoje é a Aula Municipal, construída em 1935. Como naquele tempo o professor se locomovia a cavalo de São Leopoldo, a escola precisaria também oferecer moradia. Então, em 13 de março de 1953, foi inaugurada a Escola 25 de Julho. Espaço que abrigaria o professor, sua família e ainda ofereceria uma sala de aula e banheiros para as crianças da comunidade.

Estudar já fazia parte da vida dos imigrantes na sua terra de origem. Assim, organizar um espaço onde todas as crianças pudessem estudar era fundamental aos novos moradores que chegaram em Sapiranga com sonhos e promessas de uma vida mais próspera.

Escola atende crianças do jardim ao 5º ano

A EMEF 25 de Julho hoje atende 23 crianças, com idade entre 4 e 11 anos, matriculadas do jardim ao 5º ano. A professora titular é a Ana Cristina Winter, pedagoga, psicopedagoga e mestre em diversidade cultural e inclusão social. Ana também é a diretora da escola, que ainda conta com professores de educação física, música, inglês e funções executivas. “A maioria das crianças que moram aqui fazem parte da agricultura familiar. Então, fizemos um trabalho para mostrar a importância dessa comunidade para o progresso e desenvolvimento de Sapiranga. Queremos levantar a autoestima das crianças, para que elas estudem, se qualifiquem e fiquem aqui, continuem com as atividades da família, melhorem cada vez mais e não tenham vergonha”, salienta a diretora.

Ana destaca que o trabalho na EMEF é vivo e está em constante movimento. “É importante as pessoas verem que tem isso acontecendo aqui em cima. Um trabalho que me orgulho em realizar. É muito bom ver eles progredindo. As famílias são muito participativas, querem o bem dos filhos, almejam que o filho progrida”, relata a professora.

Aniversário da escola em tempos de pandemia

“Aqui o ar é puro, há uma diversidade de pássaros e outros bichinhos, as árvores são frondosas, as flores estão sempre muito coloridas e os bugios fazem muitos ruídos quando querem chuva”, descreve a diretora. Para comemorar o aniversário da escola, a proposta apresentada às crianças foi a de plantar uma mudinha de flor ou árvore em um vasinho e cuidar dela com muito carinho. Quando as aulas presenciais forem retomadas, todos levarão suas plantinhas para presentear a escola. “As flores serão dispostas em uma estante e as árvores vamos plantar no jardim”, conta Ana.

Como todas as demais escolas do município, a 25 de Julho também teve que se adaptar ao ensino remoto, mesmo com as dificuldades de conexão com a internet enfrentadas para quem mora no Morro. Os pais vão até a escola toda sexta-feira para buscar as atividades da semana seguinte. “Temos dois cadernos para cada aluno. Um vai com o pai com as atividades propostas para a semana e o outro fica para as correções”, explica a diretora. O acompanhamento e o retorno dos alunos acontece através do WhatsApp e também pelo Facebook @escolasdomorro, onde são postadas as atividades realizadas. “Estão bem contentes. Uma mãe me disse que agora não precisa mais explicar as tarefas. Agora, com a explicação da professora eles já entendem. As crianças têm um entendimento melhor. Mesmo assim, não vejo a hora de voltar!”, revela Ana Cristina.

Fonte: Departamento de Comunicação da Prefeitura