Energia elétrica está mais cara: Aneel acionou bandeira vermelha, patamar 2

Assim que as faturas de energia elétrica referentes ao mês de junho chegarem, a população precisa estar preparada: a bandeira tarifária será vermelha, patamar 2, com custo de R$ 6,243 para cada 100kWh consumidos. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) confirmou que a mudança ocorreu em virtude dos baixos níveis nos reservatórios e aumento na produção das usinas termelétricas.

Segundo a agência, essa conjuntura pressiona os custos relacionados ao risco hidrológico e o preço da energia no mercado de curto prazo, levando à necessidade de acionamento do patamar 2 da bandeira vermelha. Diante desse cenário, tanto nas residências como em órgãos públicos e indústrias, o aumento vai ser notório. A Prefeitura de Sapiranga, por exemplo, tem um custo médio de R$ 383 mil, sendo R$ 113 mil nos prédios públicos e outros R$ 270 mil com iluminação pública. A Secretaria de Administração Fazendária, chefiada pela secretária Simone Melo, ainda está fazendo um levantamento do impacto que o reajuste irá provocar nas contas municipais. Situação semelhante é verificada em Parobé. Na cidade do Vale do Paranhana, o valor mensal gasto com energia elétrica totaliza R$263.894,30, sendo R$191.736,26 o valor da iluminação pública e R$72.158,04 dos prédios públicos. Assim como em Sapiranga, os aumentos provocados pela adição do patamar 2 da bandeira vermelha ainda estão sendo calculados pela Prefeitura. O sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada.

Troca por equipamentos mais modernos é uma das soluções para diminuir os impactos

Pensando em diminuir ao máximo o efeito do aumento de energia elétrica nos custos de produção, as indústrias estão buscando alternativas para se adaptar. É o caso da Zam Indústria de Calçados, localizada em Sapiranga. O procurador da empresa, Augusto da Silva, detalha medidas que já foram adotadas. “Estamos realizando a troca de máquinas, substituindo as atuais por mais modernas, que consomem menos e utilizam inversores de frequência. Também realizamos a substituição das lâmpadas por equipamentos de led e estamos com o projeto de instalar energia solar”, explica Silva. “Tudo isso é pensado como forma de diminuir esse gasto de energia”, finaliza Augusto.

Economista sugere planejamento

A economista e professora da Faccat, Dilani Silveira Bassan, explica que as indústrias serão as mais impactadas pelo reajuste. “Quanto à população no geral, estes terão que novamente fazer um planejamento no seu orçamento a fim de reduzir outros gastos. O impacto sobre as contas dos consumidores deve chegar a mais de 20%”, explica. “Vai ser muito difícil não sentir o impacto do aumento da energia elétrica, pois não é apenas pensar nos aparelhos eletrônicos, mas também na produção de bens, em que o aumento da energia elétrica influencia diretamente nos preços”, detalha.

A alternativa para diminuir o impacto é reduzir o consumo. Dilani recomenda a troca por aparelhos mais econômicos, assim como desligar os aparelhos que não estão em uso e substituir lâmpadas incandescentes por lâmpadas de LED.  Luz natural no ambiente também ajuda a reduzir a conta.