Empresas lutam para seus ônibus não rodarem vazios

Região – Foi-se o tempo em que o trabalhador tinha no transporte coletivo sua única forma de locomoção. Além das empresas de ônibus enfrentarem redução no número de passageiros transportados, elas precisam conviver com a demora do Poder Público na tomada de decisões que alterem o atual cenário.
A situação mais crítica ocorre em Sapiranga, onde desde 2003 a Transportes Klein opera sem contrato de concessão, sendo impedida de ampliar ou remanejar linhas, e muito menos, investir na renovação da sua frota. “Temos a consciência de que modificações urgentes devem ser feitas, mas há um lista de pendências que precisam ser equacionadas”, explicou Michele Klein, sócia da Transportes Klein Ltda.
Entre a série de reivindicações da empresa à Prefeitura de Sapiranga está a retomada da restruturação do transporte coletivo público. “Apenas a Prefeitura tem competência para fazer este chamado. E ele vem se arrastando desde 2003”, destacou a diretora de Finanças e Administração da Transportes Klein, Clair Klein.
Pedidos
1 – Revisão urgente do modelo de isenção para idosos, deficientes físicos e pessoas com saúde debilitada.
2 – Readequação de dezenas de linhas que operam no vermelho, ou seja, não cobre os custos operacionais.
3 – Reajuste imediato do preço da passagem. Apenas a Prefeitura pode aumentar, via decreto.
A Prefeitura de Sapiranga trabalha em um novo processo licitatório para a regularização do sistema de transporte coletivo. O primeiro passo está sendo a contratação de uma empresa para realizar estudo quanto a itinerário, cálculos e respectivas planilhas, uma vez que houve um aumento na demanda e o atual modelo previa esta reavaliação. Um novo edital será organizado, assim como uma audiência pública.