Empresas de telefonia lideram reclamações no PROCON do estado e região

Atendimento | PROCON de Sapiranga recebeu 22 reclamações sobre a OI em março

No mês de março, o PROCON do Rio Grande do Sul divulgou o ranking das empresas que mais geraram reclamações de consumidores no estado durante o ano passado. Segundo o órgão, que é vinculado à Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos, as empresas de telefonia são líderes em reclamações no estado. Em primeiro lugar, está a telefônica OI, com 14.203 reclamações (equivalente a 37,6% dos atendimentos). Em segundo lugar vem a a telefônica Claro, com 5.755 reclamações (equivalente a 15,2% dos atendimentos) e, em terceiro lugar, está a SKY, com 4.845 reclamações (12,8%) dos atendimentos.
Os registros do PROCON de Sapiranga, que também atende as cidades de Nova Hartz e Araricá, refletem essa mesma realidade. No mês de março, tiveram 99 reclamações – dessas, 22 eram referentes à telefônica OI, 18 diziam respeito à SKY e 17 eram relacionados à telefônica Vivo – contra quem houveram queixas de que a empresa estaria cobrando valores de clientes a respeito de envios de chips que não haviam sido solicitados. Marcelo da Silva, de 36 anos, coordenador do PROCON de Sapiranga, comenta que dos 99 casos, apenas sete não puderam ser resolvidos pelo órgão – e todos eles eram casos de reclamações contra a empresa OI.
Dados do PROCON de Campo Bom 
No PROCON de Campo Bom, João Baptista Orsi, coordenador do órgão, optou por não revelar os nomes das empresas que foram alvo de atendimento na cidade. “Temos três grandes áreas que geram a maioria dos nossos atendimentos. Em primeiro lugar, a telefonia e tv a cabo, que juntamos em um grande grupo, é responsável por 35,09% dos nossos atendimentos. Depois, vêm os serviços financeiros em geral, como serviços de crédito, cartão de crédito e impréstimos, com 23,92%. Em terceiro lugar estão o que chamamos de produtos com defeitos, que inclui serviços de garantia e troca de produtos, responsáveis por 22,12% dos nossos atendimentos”, conta o coordenador.
“Tivemos cerca de 3.200 atendimentos em menos de dois anos, isso é muito coisa”, diz João. Segundo ele, o índice de resolução é superior a 90%. “O que gera processo é mínima coisa. Mas quando vemos que o caso não tem solução ou é mais complexo, encaminhamos pro judiciário. Mas são casos singulares, às vezes inclusive casos em que a empresa desapareceu ou o consumidor levou um golpe”, frisa o coordenador.
João Orsi chama atenção a alguns cuidados que o consumidor deve ter. “É preciso estar atento a ofertas milagrosas e procurar sempre ter por escrito promessas de planos e promoções, pra evitar problemas depois. É importante notar que não é necessário fazer o protocolo junto à empresa cinco ou seis vezes, basta apenas um, mas é preciso anotar o número do protocolo, porque é a defesa do consumidor, é a prova de que ele fez contato com a empresa para resolver o assunto”.