Empresas de tecnologia contam com regime diferenciado via FUNDOBOM

Um raio-x do setor…

Campo Bom é hoje um dos municípios no Estado que contam com um dos ambientes mais propícios e adequados para acolher e desenvolver startups e empresas de base tecnológica. Ao longo dos anos, uma série de leis, programas e projetos colocados em execução têm permitido a expansão de dezenas de companias neste segmento.

 

Uma das empresas apoiadas pelo município, através de uma lei de incentivo, que apresenta crescimento ascendente, seja no número de funcionários ou no aspecto de retorno fiscal aos cofres do município, é a Ticket Log. A empresa que surgiu no município, em 1999 como Embratec, possui uma de suas unidades de atendimento em Campo Bom, e emprega 831 funcionários. Mas, ano após ano, a empresa tem aumentado o número de colaboradores, também, como contrapartida para atender às exigências da Lei do Fundo Municipal de Desenvolvimento do Município de Campo Bom (Fundobom), na qual está inserida. Aliás, o setor de tecnologia no município está em franco crescimento e emprega um total de 2.217 funcionários (100 na Saque e Pague e outros 1.286 no Grupo SX/Getnet).
O secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Henrique Scholz, revela que a lei criada beneficia as empresas de viés tecnológico. “Iniciamos o Fundobom em 2018 e a Prefeitura entra com uma contrapartida financeira, em cima do que a empresa gera de empregos”, resume o secretário.
O servidor público da Secretaria de Finanças, Wilmar Lima, reforça que o foco do Fundobom possui enfoque também na parte de mão de obra. “Estabelecemos que é necessário a empresa contar com 50% dos funcionários de moradores de Campo Bom. Ou seja, a lei vai ao encontro da mão de obra e, também, no aspecto de crescimento econômico para o município. Como plus ao Fundobom, proposto pela própria Ticket, eles se prontificaram a formar e capacitar 400 pessoas da comunidade em diferentes áreas, mas voltadas à Tecnologia da Informação com o objetivo de preparar, cada vez mais, mão de obra e até para outras empresas absorverem esses trabalhadores”, destaca.

Retorno de ISS é analisado

Outro ponto analisado pela Prefeitura para conceder incentivo fiscal via Fundobom é o percentual de faturamento da empresa no ano. “Para acessar o Fundobom, a empresa precisa faturar o ISS a partir de um determinado valor. É para situações de empresas que possuem uma arrecadação alta, acima de R$ 130 milhões. E, esse valor, também é usado pela empresa beneficiada para pagar folha de pagamento e também despesas com inovações em tecnologia, aquisição de softwares, na parte de informática, hospedagem de servidores e despesa nessa esfera. São contrapartidas onde ela faz esse tipo de investimento voltados para a mão de obra e na parte de tecnologia para potencializar os negócios, aumentando a eficiência”, justifica Henrique Scholz.
Para o futuro, a meta da Administração é prospectar novas empresas da indústria 4.0, com inclinação ao segmento tecnológico que também possam usufruir da lei de incentivo do Fundobom.

Fórmula deu certo e empresas locais têm destaque nacional

“Instituímos o Fundobom em 2018, a fim de estimular a geração de emprego e renda aos campo-bonenses. O objetivo do fundo é oferecer condições para a ampliação e consolidação de empresas com sede na cidade, além de possibilitar a instalação de novas empresas. Essas condições são criadas através de subsídios que ocorrem principalmente na cobertura de gastos com folha de pagamento. Para tanto, é necessário que as empresas atendam alguns critérios, como a manutenção de ao menos 50% de empregados com residência em Campo Bom e a geração obrigatória de receita de no mínimo 100 mil URMs aos cofres do município. Também incentivamos, a partir do fundo, a realização de capacitações profissionais que venham a ser oferecidas aos jovens da cidade. A fórmula deu certo, tanto é que empresas campo-bonenses, como a Ticket Log, seguem como destaque em nível nacional e o município, a partir do fundo, continua trilhando um caminho de desenvolvimento econômico sustentável, tecnológico e social”, avalia o prefeito de Campo Bom, Luciano Orsi.

Parque tecnológico e incentivos da Prefeitura de Campo Bom na área

Uma das portas de entrada para qualquer empresa com viés de inovação e que deseja dar os primeiros passos, em Campo Bom, ou até ampliar seus negócios é o Feevale TechPark. “É importante reforçar que existem dezenas de lotes à disposição nesse espaço. Este é um ambiente bem interessante, pois quem ingressa na incubadora conta com bons e acessíveis espaços, além, é claro, de contar com todo o suporte. O TechPark abriga empresas com enorme potencial de crescimento e expansão de negócios e receitas”, projeta o secretário Henrique.
Três empresas de destaque são citadas pelo secretário no TechPark, uma delas é a Grow Dev, que possui uma escola de T.I como destaque. Outra é a Wirklich, focada na produção de polímeros e que teve 50% da sua participação vendida para uma empresa metalúrgica, de Santa Catarina e, em breve, oTeckPark contará com a FK Biotecnologia, que produzirá medicamentos para tratamento de câncer, ampliando a diversificação econômica no município.