Especial Dia das Mães –
“(Em Ti, ó Deus!) fiz calar e sossegar a minha alma; como a criança desmamada se aquieta nos braços de sua mãe…” (Salmo 131.2a)”
“Gosto do verbo maternar (usual na língua portuguesa ou não!), por incluir as possibilidades da ‘maternalidade’ e da ternura. Ambas, condições que expressam a singularidade do ato de amar, acolher, acalentar, educar, ‘gestar’ e|ou ‘criar’.É essa ‘materialidade do amor incondicional’ que me encanta e impulsiona, todos os dias! Porque ela trata de um afeto que ultrapassa teorias e palavras; materializa-se nas emoções e ações bem concretas, óbvias, básicas, diárias e desafiadoras.
Todas as formas e as mais diferentes condições do exercício dessa maternidade, bem como suas saudades, precisam ser contempladas nas Celebrações destes dias. Perdi minha mãe aos 17 anos de idade e sei do quanto sua partida me fez e faz falta.
Ao mesmo tempo, foi a ‘maternalidade’ inspiradora dela que me impulsionou vida afora. Felizmente, nos anos seguintes, ainda que ninguém substitua ninguém, fui agraciada com uma sogra maternal que me acolheu como filha.
Sou mãe de duas mulheres adultas; ‘filhas-presente’ que tornam e transformam minha vida em estado de graça constante. Elas são corajosas, independentes; foram educadas para o ‘voo da liberdade’, na certeza do amor recíproco que nos sustenta!
Como mulher, mãe, esposa e Ministra Religiosa, exercito, em parceria com meu companheiro-maternal de vida, a compreensão da ‘Maternalidade Divina’! – Num mundo machista e patriarcal, tal afirmação tem sua grande importância.
É urgente resgatarmos o jeito materno de Deus! E, apesar da maior parte das narrativas bíblicas terem sido escritas por homens, vários são os Textos Sagrados que ‘deixam escapar’, a ternura e a maternalidade divinas. Busquemos uma compreensão de fé e vida, desprovida de gênero. Afinal, gratidão, amor, fé, esperança, espiritualidade, justiça, dignidade, compaixão, etc – são virtudes que habitam corações que se entrelaçam todos os dias, não apenas no ‘Dia das Mães’!”
“Assim como uma mãe consola seu filho, também eu os consolarei” (disse Deus em Isaías 66:13)