Desempenho positivo no Ideb? Veja a fórmula de Campo Bom

Estudantes da rede campo-bonense atingiram excelente desempenho comparado com outras cidades Foto: Arquivo/PMCB

Campo Bom – Foi divulgado, recentemente, o desempenho das escolas municipais e estaduais dentro do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O estudo nacional mede através de notas o nível de aprendizado no Ensino Fundamental (1º ao 9º ano) e do Ensino Médio (1º ao 3º ano), englobando prefeituras e o Estado. E, entre os municípios dos vales do Sinos e Paranhana, Campo Bom obteve as melhores notas e desempenho no comparativo com as outras nove cidades na área de abrangência do Grupo Repercussão. Araricá registrou o pior desempenho entre dez municípios nos anos iniciais (nota 5.8), e Taquara, o pior desempenho nos anos finais (nota 4.4).

 

No comparativo consigo mesmo, Campo Bom registrou evolução: de nota 6.7 nos anos iniciais, em 2017, o município saltou para 7.1. E, nos anos finais, de nota 5.8 para nota 6.0, em 2019. Para se ter uma ideia, a rede municipal de educação de Campo Bom obteve melhores notas no comparativo com outras cidades como Novo Hamburgo, Dois Irmãos, Ivoti, Estância Velha, Canoas e São Leopoldo. A Prefeitura revelou que entre as cidades com população entre 50 a 100 mil habitantes, Campo Bom figura entre os três municípios gaúchos mais bem posicionados.

 

E o que pesou para a melhora no desempenho

Na avaliação da Secretaria de Educação, um dos fatores preponderantes foi a realização de um diagnóstico, logo em 2017, do atual desempenho das escolas e os pontos frágeis em cada uma das instituições de ensino: “Propusemos uma quebra de paradigma. A escola da Barrinha e da Morada Sol precisam ter as mesmas oportunidades e queremos que elas conquistem melhores desempenhos. Não nos resolve ter duas/três escolas ‘modelo’ e outras 15 com desempenho ruim”, respondeu a Prefeitura através de nota ao Repercussão.

Reforço escolar no contraturno

Para evitar uma disparidade entre as escolas, a Secretaria de Educação buscou uma equalização: “Criamos um projeto para colocarmos as crianças no ano/série correta. Existiam crianças que estavam no 4º ou 5º ano, mas não tinham o desenvolvimento/aprendizado desejado. Uma das questões que o IDEB analisa é o índice de reprovação. E, em algumas situações, não se reprovava alunos com deficiência no aprendizado. Para contornar essa situação, criamos um projeto de reforço escolar para as crianças até o 5º ano que estavam com dificuldade no aprendizado e no contraturno. Assim, conseguimos colocá-las no ritmo e foi algo que deu muito certo”, cita a nota da Prefeitura.

Escolas periféricas cresceram

A Prefeitura de Campo Bom revelou ainda que as escolas da periferia obtiveram crescimento em suas notas no Ideb. Um exemplo é a Escola Municipal Dona Augusta. De uma nota 5.1 nos anos iniciais, em 2017, saltou para 6.7, em 2019: “As escolas deram um salto e foi algo fantástico, outras estão em uma fase de crescimento gradativo. Acredito que esse olhar amplo sobre a cidade, um olhar carinhoso para as comunidades mais pobres, mostrar que possuem mais condições, associado com a qualificação dos professores, ajudou muito para essa guinada do Ideb, em Campo Bom”, destaca a Prefeitura em resposta ao Grupo Repercussão.