Descubra a importância da vacina polivalente para cães

De olho | Os cães podem receber a vacina a partir de 45 dias

Por Felipe Cemim, veterinário da Tierplatz

Voltando a falar sobe a importância da vacinação, vamos falar sobre a vacina polivalente de cães, também chamada de V8 ou V10, ou ainda a “vacina das viroses”. Essa vacina engloba algumas doenças, por isso é chamada de polivalente, conferindo proteção para infecção pelos vírus da cinomose, hepatite viral canina, parvovirose, coronavirose, parainfluenza e pela bactéria leptospira, causadora da leptospirose.

A diferença entre a V8 e a V10 está na quantidade de frações de leptospirose, sendo que a V8 protege para 2 sorovares (canicola e iceroemorrágica) e a V10 também protege para outros 2 sorovares (pomona e gripotifosa) de grande importância clinica para os cães.

Quando filhotes, os cães podem começar a receber a vacina a partir de 45 dias de vida, desde que estejam com boa saúde e devidamente desverminados. Os filhotes vão receber mais reforços da vacina, com intervalos de 21 dias entre eles, recebendo a última dose quando estiverem com 4 meses completos, ou perto de completarem os 4 meses, com isso, podem receber até 4 doses de vacina. Nesse protocolo inicial de vacinação, podem ser adicionadas outras vacinas, como a vacina para giárdia e para a gripe dos cães.

Enquanto os filhotes não terminarem o protocolo inicial de vacinas, eles devem ficar em casa, evitando passeios em áreas públicas e locais com grande circulação de animais, pois eles podem não estar protegidos. Ao mamarem o colostro, eles adquirem quantidades variadas de anticorpos maternos, que vão diminuindo até os 4 meses enquanto os anticorpos próprios vão aumentando até conferirem imunidade adequada aos 4 meses.

Reforço anualmente

Porém, há um período em que nenhum dos dois tipos de anticorpos estão em quantidade suficiente para proteger de alguma infecção, deixando o filhote vulnerável.

Após o protocolo vacinal de filhote, os cães devem receber um reforço de vacina anualmente, pois a memória imunológica dos cães não perdura por mais tempo, sendo que a partir de um ano a quantidade de anticorpos circulantes pode diminuir bastante, até níveis em que o animal pode estar desprotegido e sujeito a adquirir qualquer uma das doenças.

O médico veterinário vai sempre examinar o paciente, para saber se ele está apto para receber a vacina, pois existem algumas condições em que o animal não pode receber a dose. Como, por exemplo, o aumento da temperatura corporal, que ocorre facilmente nos dias quentes de verão e quando o animal faz exercício físico ou vai caminhando até a clínica veterinária.

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