Desafio é conter parcelamento irregular da área dos contrafortes do Ferrabraz

Com base na antiga lei 1.400 de 1987, que tratava o Morro como área especial de interesse, e com largo apoio popular, 6.817 assinaturas, é que foi reconhecida a relevância do patrimônio histórico, paisagístico e ambiental de Sapiranga. A partir daí foi criada a categoria de Unidade de Conservação Área de Relevante Interesse Ecológico, pela lei municipal 5.900/2016, com uma área total de 5.671 hec., aprovada por consulta popular.
A Área de Relevante Interesse Ecológico do Ferrabraz é uma região inserida na formação da Encosta Inferior da Serra Geral do RS, tendo como ponto culminante o Alto Ferrabraz. Envolve as localidades do Morro Ferrabraz, Picada São Jacó, Picada Verão, Picada Cachorro e Fazenda Padre Eterno. Dos montes da Serra do Ferrabraz é possível vislumbrar as paisagens em 360° de circunferência da serra, de todo o Vale do Rio dos Sinos e da Região Metropolitana.
Com uma biodiversidade significativa, a ARIE Ferrabraz abriga uma diversidade de fauna e flora que chama a atenção: são 57 espécies diferentes de mamíferos, mais de 133 espécies de aves, 192 arbóreas entre outros organismos relacionados ao epifitismo (vegetal fixado em outro) e invertebrados.

ARIE para manter os ecossistemas

Área de Relevante Interesse Ecológico, conforme lei 9.985, de 200, é uma categoria de unidade de conservação de uso sustentável. Caracterizado por traços naturais extraordinários ou que abriga exemplares raros de fauna e da flora regional, com objetivo de manter os ecossistemas naturais de importância para a região e regular o uso dessas áreas.

Parcelamento irregular do solo é grave

Hoje, o grande desafio é conter o processo de parcelamento irregular e desordenado do solo, denominados, disfarçadamente, de condomínios rurais. Sem base legal, contaminam e descaracterizam a paisagem rural, além de prejudicar o desenvolvimento turístico, os recursos hídricos e a segurança alimentar.