Dados do IBGE podem indicar qual população cresceu e qual encolheu na região

Em março, coordenadoria do IBGE da área de Taquara apresentou dados preliminares em Sapiranga Foto: Melissa Costa

REGIÃO – O primeiro censo realizado na história do Brasil foi em 1872. Até então, os dados sobre a população brasileira eram obtidos de maneira indireta, ou seja, não eram feitos levantamentos com o objetivo estrito de contar o número de habitantes.

 

Hoje, entre uma pesquisa e outra, muita coisa pode mudar, inclusive os números finais. No mês de maio, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai divulgar os números exatos do censo 2022 em todo o Brasil. Aqui na região de cobertura do Grupo Repercussão, a situação não é diferente e apresenta as suas particularidades.

Conforme já abordado nas páginas do Jornal Repercussão há algumas edições, com os dados preliminares divulgados no fim de março, o que chama a atenção é o aumento de domicílios com número menor de moradores em boa parte das cidades. Algumas, no entanto, tiveram aumento populacional, enquanto outras tiveram quedas significativas dentro da sua microrregião (veja tabela abaixo).

“Teremos novos dados somente em 5 de maio”, diz Bruno de Mello, coordenador do IBGE da área de Taquara, que abrange Araricá, Igrejinha, Nova Hartz, Parobé, Riozinho, Rolante, Sapiranga e Três Coroas. A cidade de Campo Bom pertence à área do IBGE de Novo Hamburgo, coordenado por Elisabete Santana.

 

TRÊS CIDADES TIVERAM QUEDA

Até o momento e levando em conta os dados preliminares, três cidades de cobertura do Grupo Repercussão apresentaram queda no número populacional, sendo duas no Vale do Paranhana e uma no Vale do Sinos. No Paranhana, a maior queda foi na cidade com maior espaço territorial: Taquara. O município passou de 54.643 (2010) para 52.366 (2022), uma queda de 4,16% no número de habitantes. Já Parobé, teve queda de 1,90%, caindo de 51.502 (2010) para 50.523 (2022). No Vale do Sinos, Sapiranga também apresentou queda de 1,59% no número de habitantes, passando de 74.895 (2010) para 73.702 (2022).

 

AUMENTO DE 71,05%

Por outro lado, municípios menores tanto em espaço territorial quanto em número de habitantes apresentaram crescimento significativo de sua população. O caso mais expressivo foi o de Araricá. A cidade do Vale do Sinos passou de 4.864 (2010) para 8.320 (2022). O número representa um aumento de 71,05% na população araricaense. Em segundo lugar, aparece Rolante, que passou de 19.485 (2010) para 20.911 (2022), o que representa um crescimento populacional de 7,31% na Capital das Cucas. Seguindo o ritmo das crescentes, Nova Hartz teve aumento de 5,85%. A cidade, que tinha 18.346 habitantes recenseados em 2010, apresenta, agora, de acordo com dados preliminares, 19.421. Também tiveram aumento: Campo Bom, Igrejinha, Três Coroas e Riozinho.

 

NÚMEROS DEVEM AUMENTAR

Como os números divulgados ainda não são os definitivos, a tendência é que esses dados apresentem aumento quando for feita a divulgação final. Isso, porque serão imputados nos dados um percentual estatístico em cima dos moradores que não responderam o censo. “Em Campo Bom, há 904 domicílios sem entrevista. Ou seja, teremos um número maior que 61.046 após a imputação”, diz a coordenadora Elisabete Santana.