Da Femint para Mostratec; Sapiranga dá show em projetos

Foto: Bruno Morais

Os estudantes do município estão demonstrando mais uma vez um grande potencial em projetos educacionais. Desta vez, alunos da Educação Infantil e Fundamental, garantiram espaço na Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia, a Mostratec.

 

Fugindo um pouco do que se esperava neste período, trabalhos referentes a pandemia e as consequências desta, como a ansiedade, não foram maioria, apesar de terem sido observados entre tantos outros. Além desta demonstração de grande empenho na busca por assuntos pertinentes, projetos que denunciam problemas da sociedade reforçam a ideia de grandes mentes existentes nas crianças do Vale dos Sinos. Exemplo disso são os trabalhos sobre o mosquito borrachudo e como tratá-los, da Emef Balduíno Wasem, os cuidados necessários com alguns alimentos, como chocolate, e os benefícios em consumir o mesmo, da Escola Imaculado, bem como o trabalho que incentiva a realização de diversos serviços com as próprias mãos, o “Maker”, executado por alunos da UEF Ayrton Senna.

Muitos trabalhos foram vistos como destaque e receberam boas avaliações na Femint. Entretanto, alguns destes sobressaíram e acabaram chamando atenção dos professores, avaliadores e admiradores da Feira, entre eles o Maker, da UEF Ayrton Senna. Além deste, uma nova modalidade implementada neste ano na Femint possibilitou a interação da comunidade nos projetos considerados preferidos. Em votação online, o projeto “Sou Movisa, e agora?” da Emef Maria Ruth Raimundo recebeu 19,4% dos mais de 59 mil votos dos munícipes, o que deu aos estudantes a credencial para participarem da Mostratec Junior.

Responsáveis pelo Projeto Maker

– Isabela Prado, pesquisadora do projeto
“Professor deu o desafio para fazerem a sucata eletrônica. Enquanto nós ficávamos em casa fazíamos o tema da escola e esse projeto. Às vezes, a gente também estudava mais sobre o assunto. No começo estava com uma ideia, ‘vai ser sobre astronomia’ e eu queria muito o projeto, só que o professor foi apresentando para gente circuito eletrônico e ai a gente foi gostando. A gente começou, no primeiro dia fizemos o circuito, no segundo veio o projeto e aí a ideia”.

– Djênyfer Rodrigues, pesquisadora do projeto
“Antes, a gente fazia várias coisas. A gente saía, fazia atividades, ia ver como eram as coisas. Alguns dias ficávamos em casa, outros dias vínhamos para fazer o projeto. Foi muito legal porque a gente se empenhou muito, foi muito divertido. Ao mesmo tempo que tinha a pandemia, a gente podia se divertir. A gente podia conversar, falar com os colegas. Eu já gostei de cara, porque seria uma nova experiência. Achei que seria bom experimentar coisas novas”.

– Lucas Portilho, professor orientador do projeto
“A gente começou essa ideia do Maker há bastante tempo. Começou com um circuito, simples, com materiais que eles pudessem usar do dia a dia. Então eu mostrei para elas (alunas) um circuito de pilhas que basicamente são duas pilhas conectadas e uns fios. O desafio foi construir, a partir disso, algo que auxiliasse no meio ambiente. A partir disso, elas começaram a se interessar mais pelo assunto, pesquisar mais, ver mais a fundo”.

– Murilo Solto, coordenador da UEF Ayrton Senna
“A gente tava discutindo com alguns professores e dentro do possível a gente queria uma boa qualidade dos projetos. O Lucas saiu vencedor no projeto com seus alunos, mas também teve do jardim, projeto do quarto ano, até do EJA Diurno. Várias turmas fizeram projetos dentro do que era possível. Não dá para negar que os alunos e professores que se envolveram produziram ótimos trabalhos. Eu acredito que, ainda com as dificuldades do ano, a gente fez um bom trabalho”.