CTG Pedro Serrano integra a história de Sapiranga

Teresinha, no ano de 1959, com o primeiro prefeito de Sapiranga, o Sr. Edwin Kuwer (esquerda), com o governador do Estado, o Sr. Ildo Meneghetti, e com Pai João.

A história do CTG Pedro Serrano iniciou há muito tempo, antes mesmo da emancipação da cidade de Sapiranga.
Entre os anos de 1950 e 1951, existiam em Sapiranga, as reuniões das Assembleias Churrasqueiras, que se concentravam no extinto “Bar Cinelândia”. Naquela época, as reuniões eram feitas com poucas pessoas, sendo que estas tinham em mente ideais de todos os tipos, como por exemplo, a emancipação de Sapiranga e a criação de um “centro”, local no qual aqueles que gostassem da cultura tradicionalista pudessem desenvolver regularmente suas atividades.
Na década de 50, durante a comemoração do aniversário de Orlando Sperb, este e outros aproveitaram para discutir a criação do tão sonhado centro que preservasse as tradições gaúchas. Pensando nisso, resolveram pedir a ajuda da população para que pudessem adquirir um espaço onde pudessem erguer a própria sede. Como a população da cidade não tinha muita intimidade com as tradições gauchescas, os integrantes das Assembleias Churrasqueiras juntamente com simpatizantes das tradições do Rio Grande do Sul, passaram a realizar festas populares, na qual as pessoas pudessem ver com seus próprios olhos o que seria exatamente um centro tradicionalista.
O primeiro espaço, em Sapiranga, que abrigou um CTG foi na rua São Pedro, em um potreiro quase que abandonado. Assim, em 24 de Junho de 1952, foi fundado o primeiro Centro de Tradições Gaúchas de Sapiranga, com o nome de CTG Cabana do Pai João, tendo como seu primeiro patrão o Sr. Odácio Monteiro. O CTG recebeu este nome, porque Lindolfo Dresch, um dos colaboradores e fundadores responsáveis pela criação do CTG, possuía um peão, um preto velho chamado João Rodrigues, mais conhecido como Pai João. Isto porque era uma pessoa muito querida entre todos e sempre acompanhava e ajudava a entidade em tudo que era preciso, simplesmente pelo gosto que tinha pelas tradições do nosso Rio Grande do Sul.
Depois de algum tempo de fundação, começaram a surgir problemas com o nome Cabana do Pai João.
Em sessão da Assembleia Geral Extraordinária, no dia 12 de abril de 1961, falou o Dr. Leopoldo Sefrim, sobre um decreto do governo, que proibia a denominação de logradouros públicos, entidades sociais, entre outros, com o nome de pessoas vivas, sendo que, somente após três anos da morte de uma pessoa é que poderia ser utilizado o nome desta para denominação de um local. Assim, submetida à apreciação da Assembleia sobre mudança ou não do nome da entidade, nesta sessão, a mudança foi aprovada por 26 votos contra três. Três nomes disputaram o páreo: Pai João, coronel Genuíno Sampaio e Pedro Serrano (que venceu).