Corsan projeta para outubro obras de esgoto em Campo Bom

Os índices africanos na área de tratamento de esgoto em Sapiranga e Campo Bom terão o cenário modificado quando a Companhia Rio Grandense de Saneamento – Corsan – concluir as obras de mais de 162 milhões de reais projetadas nos dois municípios.
Em uma de suas constantes viagens ao interior do Estado, o diretor-presidente da estatal, Arnaldo Dutra, fez uma pequena pausa em seus compromissos para atender a reportagem do Jornal Repercussão.  E, na conversa, deixou boas notícias para os moradores de Campo Bom. As máquinas iniciarão os trabalhos para implantação das redes coletoras de esgoto até outubro.
Para Sapiranga, até 2015, a Corsan projeta investir 57 milhões de reais em obras para a implantação do sistema de redes coletoras de esgoto e melhorias no abastecimento de água. As obras, atualmente, ocorrem nos bairros Sete de Setembro e Amaral Ribeiro.
Os campo-bonenses possuem melhorias previstas pela Corsan que ultrapassam os 105 milhões de reais, também, para a construção das redes coletoras de esgoto e melhorias no fornecimento de água.
Índices de esgoto tratado subirá
Até 2017, a Corsan pretende dobrar os índices de tratamento de esgoto no Estado. Em Sapiranga, a estimativa da estatal é elevar o patamar aos 36% nos próximos anos. Para o município de Campo Bom, a projeção da Companhia é elevar o índice para 82% quando as obras estiverem concluídas.
Entrevista com Arnaldo Dutra
Repercussão – Uma das principais reclamações dos moradores atendidos pela Corsan são os buracos que surgem em razão da necessidade dos consertos nas redes de água obsoletas. Como a Corsan vem tentando contornar esta situação?
Arnaldo Dutra – É inegável que possuímos uma malha muito antiga e que precisa ser substituída. Em todo o Estado, temos mais de 22 mil quilômetros de redes e mais da metade é de fibrocimento. Esta rede é antiga e causa diversos transtornos. Temos trabalhado com um plano ousado na Corsan nesta área. Nossa intenção é substituir, gradativamente estas redes. Anualmente, gastamos 20 milhões de reais em troca de redes e o nosso programa contempla todos os municípios atendidos. Esse processo é extremamente essencial para diminuir as perdas de água tratada – superior a 30% em alguns municípios.
Repercussão – O Regime Diferenciado de Contratação (RDC) facilitou o início das obras para a implantação das redes coletoras de esgoto nos bairros Sete de Setembro e Amaral Ribeiro. E Campo Bom? Quando iniciam as obras para o tratamento de esgoto no município?
Arnaldo Dutra – A primeira experiência da Corsan pelo RDC ocorreu em Sapiranga. É um processo novo que surgiu durante o lançamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para as obras de saneamento. Com ele conseguimos diminuir em 90 dias comparado com o processo convencional de contratação da empresa para executar as obras. Há cerca de duas semanas publicamos o edital para a seleção da empresa que fará as obras em Campo Bom. Pretendemos iniciar os trabalhos entre os meses de outubro e novembro.
Repercussão – Recentemente, foi assinado o contrato para a construção de uma adutora de Parobé para Nova Hartz. Você era o diretor-presidente quando acertou o contrato com a prefeitura de Nova Hartz. Explique a importância desta ação.
Arnaldo Dutra – Convenci o prefeito Antonio Elson de Souza a levar adiante a ideia do sistema municipal de abastecimento de água. Com o seu grupo de trabalho ele foi atrás e captou recursos para o início das obras. Instalamos a primeira parceria público-pública (PPP) do Estado. Nossa parte foi licitada e vamos construir uma adutora de água de Parobé até o município.
Repercussão – Um dos grandes desafios quando as obras estiverem concluídas será interligar os moradores as redes coletoras de esgoto. Como a Corsan trabalha com estes processos?
Arnaldo Dutra – O tratamento de esgoto é um dos passos para a sustentabilidade. Após a construção das redes as pessoas precisam usufruir do sistema. Todos são favoráveis em ter o Rio dos Sinos limpo. Cada um terá que fazer sua parte, que será  de se interligar com as redes. Iniciamos um projeto sócio-ambiental  através de um processo de convencimento.