Região – Para conseguir tratar o esgoto dos municípios de Campo Bom e Sapiranga, a Corsan terá que abrir mais de 155 quilômetros de ruas e avenidas nos municípios. Serão mais de 129 mil metros de redes coletoras em Campo Bom e outros 26 mil metros em Sapiranga. A distância é a mesma que os veranistas enfrentam para ir de Campo Bom à Capão da Canoa, por exemplo.
Conforme informação repassada exclusivamente pela estatal ao Jornal Repercussão, no município campo-bonense as redes coletoras passarão pelas sub-bacias dos arroios Santo Antônio, Weidler, Quatro Colônias, Arroio Leão A e B e Schmidt, o principal da cidade. Além desta metragem, será necessário realizar as ligações prediais, o que aumentará o tamanho das redes coletoras.
Em Sapiranga, toda a rede que sairá dos bairros deverá, obrigatoriamente, ser interligada às tubulações que levarão até a nova Estação de Tratamento de Esgoto que será construída ao lado da atual ETE, no bairro São Luiz, e que ainda não está em funcionamento.
A Corsan explica ainda que em Campo Bom, serão construídas seis estações de bombeamento e uma estação de tratamento de esgotos (que será erguida junto da Estrada Fazenda Leão – confira gráfico ao lado), cuja capacidade de tratamento será de 100 litros por segundo. De acordo com a assessoria de imprensa da estatal, o método de tratamento não será feito através de plantas, e sim pelo modelo convencional (decantação, oxidação e desidratação do lodo). Quando as obras estiverem concluídas, Campo Bom terá capacidade de tratar 88% do seu esgoto.
Antes de iniciar as duas obras é necessário que o governo federal e a Corsan assinem um contrato formalizando o repasse dos recursos anunciados na semana passada, o que por enquanto não tem data para acontecer. Após a assinatura do contrato, a Corsan montará a estrutura do processo licitatório que pode ser realizado de uma só vez ou ser dividido em partes (lotes).
ELE EXPLICA A SITUAÇÃO
“Todos estes recursos que foram anunciados são fruto da força-tarefa colocada em prática pelo governo do Estado para impulsionar o setor. Tratamos a questão do saneamento no Estado como prioridade. A Corsan vem sendo fortalecida, assim como os serviços, e alcançamos um resultado histórico. Estamos prestes a chegar na universalização do tratamento de esgoto nestes municípios, quando as obras estiverem concluídas. Além disso, a bacia do Rio dos Sinos, que atualmente está comprometida, sairá como grande beneficiada. Estas obras garantem um impacto positivo ao meio ambiente”.
Arnaldo Dutra, diretor presidente da Corsan.
