Corsan explica o que motiva falta de água para Sapiranga e Campo Bom

Região – Há mais de 24 horas, em um momento em que a população redobra cuidados com higiene e limpeza devido a pandemia de coronavírus, mais de 140 mil pessoas estão sem abastecimento de água no Vale do Sinos. O Grupo Repercussão cobrou esclarecimentos da Corsan, que através do superintendente do Vale do Sinos, Milton Cordeiro, contextualizou o que motiva as dificuldades. Mas, em resumo, as dificuldades estão relacionadas ao baixo nível do Rio dos Sinos (que está com um metro de altura) e a troca de bombas que captam a água do manancial.

 

O superintendente disse que o Sinos possui uma média no ponto de captação de dois metros: “Hoje, está com um metro de altura volumétrica. E essa baixa vazão do rio acaba prejudicando o acionamento e funcionamento das bombas da captação de água. Com isso, estamos desde alguns dias, e ontem, centralizamos mais também, os esforços na captação, trabalhando para colocar bombas que tenham uma vazão melhor e que acabam funcionando em níveis mais baixos do que as bombas anteriores, com a finalidade de melhorar a vazão. Por isso, desde ontem, estamos na captação com caminhões e com o pessoal técnico engajado em trocar essas bombas e esperamos que, por volta das 14 horas deste domingo (22), devemos estar efetuando essa troca, e consequentemente, deve melhorar a vazão da captação e melhorar o abastecimento para os municípios de Campo Bom, Sapiranga, Estância Velha e Portão”, explica o superintendente.

 

Volta da água será de forma gradual

O superintendente explicou ainda que a conclusão dos trabalhos não é uma questão exata: “Não é uma questão exata, mas por volta desse horário (14 horas) possamos concluir o trabalho. Aí, teremos uma vazão melhor e naturalmente, o abastecimento para Sapiranga, deve melhorar a partir daí. Mas, como hoje é domingo, um dia de muito consumo, então não é uma recuperação imediata, não é como energia elétrica, que liga e depois está tudo funcionando. A água ela vai lentamente e o abastecimento deve melhorar à noite, em toda Sapiranga”, comentou.

 

Captação atuava abaixo da capacidade

Com o nível do Rio dos Sinos baixo a captação normal, em Campo Bom, é de 550 litros por segundo: “Isso quando o rio está em nível normal e com boa vazão. O rio nos permite essa captação com pressão para as bombas poderem captar melhor. Mas, como o rio está bem abaixo, muito abaixo, nós estamos com 350 a 450 litros por segundo de captação por segundo. Isso é uma diferença bem significativa”, ponderou Cordeiro.

 

Investimentos futuros

Para equacionar o problema de captação a Corsan acelera obras e investimentos para potencializar e dobrar o volume de captação de água, em Campo Bom: “Hoje, produzimos em um nível ótimo do Rio dos Sinos, 550 litros por segundo. Com a nova captação, esperamos dobrar isso para em torno de 1.000 litros por segundo. Essa nova produção de volume de captação e tratamento, vai melhorar 100% o volume nosso de distribuição de água para esse sistema de distribuição de Campo Bom, Sapiranga, Estância Velha e Portão. Em breve, conseguiremos entrar com esse nova captação e novo sistema de captação e distribuição de água para Sapiranga. Talvez, em 40 a 50 dias essa nova captação entre em funcionamento”, destacou.

Fotografia: Jonas Soares

 

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