Corsan atrasa início de obras para tratar esgoto e preocupa Faisal

Sem previsão | Prefeitura de Campo Bom aguarda resposta da Corsan sobre licença de área para ETE

Campo Bom – Anunciado há mais de dois anos, ainda está no papel e nas promessas da Corsan o projeto para acabar com o lançamento do esgoto gerado na cidade diretamente no Rio dos Sinos. Conforme esclarecimentos remetidos ao Jornal Repercussão, os projetos referentes à primeira etapa das obras, que compreende redes coletoras e Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), estão concluídos e foram encaminhados à Caixa Econômica Federal (CEF) para análise e aprovação.

Segundo a Corsan, a demora se dá também pelo desenvolvimento de novo estudo ambiental, que foi encaminhado à Fepam para viabilizar a área onde será construída a futura Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), no bairro Mônaco. A Corsan informa ainda que a construção das redes coletoras e elevatórias está em fase de revisão de projeto e atualização de orçamento e não possui prazo para início (em junho de 2015, a Corsan remeteu e-mail ao Repercussão afirmando que as obras iniciariam em outubro deste ano – o que não ocorreu).

Diante destes fatos o prefeito, Faisal Karam, demonstrou toda a sua preocupação com a lentidão da Corsan em dar celeridade aos processos. “De 2013 para cá, quase nada aconteceu. Demoraram dois anos para localizar uma área para a ETE e ainda nem iniciaram as negociações para a desapropriação”, cita Faisal.

Decretos de desapropriação

Faisal Karam relembra ainda que os decretos de desapropriação de áreas foram feitos, todos pela própria Prefeitura. “A Corsan sequer procurou os proprietários das áreas e semanas atrás fomos até Porto Alegre cobrar uma posição da estatal”, revela o prefeito.

Entre as justificativas apresentadas pelos técnicos da estatal aos membros da Administração está a necessidade de aguardar pela licença ambiental da área no bairro Mônaco, que está sob análise da Fepam. A entidade ainda não disse se a área está apta ou não.

Prefeito preocupado

Devido à crise financeira que atinge o governo federal, o prefeito, Faisal Karam, teme que os mais de R$ 82 milhões assegurados para a obra acabem sendo buscados novamente pela União para fechar o próprio caixa. “Não descartamos buscarmos alternativas, como rever o contrato, assinado em 2009 com a Corsan”, disse Faisal.