Controle de tração nos veículos pode virar regra

Debate | Montadoras e governo divergem sobre prazo final de adaptação

A obrigatoriedade do controle de estabilidade (ESC) para veículos vendidos no Brasil será decidida até dezembro, de acordo com informações do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). O sistema, que auxilia na correção da trajetória do carro em casos de manobras de emergência, é considerado por especialistas como a maior inovação em segurança automotiva depois do cinto de segurança.

Segundo o Denatran, a proposta da nova regulamentação foi feita ao Contran (Conselho Nacional de Trânsito) em agosto de 2014. Desde então, ela passou pela Câmara Temática de Assuntos Veiculares, que realiza debates entre partes do governo e entidades da sociedade, como as montadoras. Atualmente, o maior entrave da discussão é o prazo pedido pela indústria para se adaptar ao sistema, o que pode levar sete anos. Para o Denatran, o período razoável é de três anos para novos projetos e cinco anos para os já existentes. Caso algum dos ministérios integrantes do conselho faça observações, a resolução será adiada para dezembro. Os ministérios do Contran são: Ciência e Tecnologia, Educação, Defesa, Meio Ambiente, Transportes, Cidades, Saúde, Justiça e Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior.

O principal assunto a ser debatido na reunião é o tempo necessário para que a indústria atenda à obrigatoriedade do ESC.

Detalhes sobre a ação

Caso um veículo seja equipado com freios ABS e direção elétrica, por exemplo, a facilidade de instalação do dispositivo é maior. Vale lembrar que ABS e airbag duplo já são itens obrigatórios para modelos vendidos no Brasil desde 2014.

A primeira proposta de prazo foi de três anos. Essa proposta foi para a Câmara Temática e a AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva) sugeriu cinco anos para novos projetos e sete anos para os projetos de carros que já estão homologados atualmente.