Responsabilidade | Entidade busca apoio de empresários e entidades para qualificar polícias da cidade
De vítima a transformador da própria realidade. Após sofrer por mais de uma vez nas mãos de assaltantes em seu próprio sítio, em Campo Bom, e ver o filho ser até sequestrado, Pedro Rogério Martins Duarte arregaçou as mangas, reuniu forças e assumiu o compromisso de lutar por uma cidade segura. Na verdade, a luta por mudanças na área iniciou antes de assumir a presidência do Consepro de Campo Bom, em 2013. “Em 1997, fui à Brasília reivindicar mudanças na legislação penal. Naquela oportunidade, fui recebido pelo ex-deputado Wilson Ghignatti”, recorda Pedro Rogério.
Entre os motivos que contribuíram para aceitar o convite e assumir o Consepro de Campo Bom, está a omissão do Estado e a desvalorização dos policiais, além da falta de investimento em uma área muito importante para o cidadão: a segurança pública. “Depois de ajustar e mudar o estatuto do Consepro, busquei estabelecer convênios e parcerias com diferentes órgãos governamentais, como a Receita Federal e o Poder Judiciário para conseguir gerir a entidade”, relembra Pedro.
Logo que assumiu a entidade, uma das primeiras agendas que o presidente cumpriu ao lado de outras lideranças – entre elas o prefeito, Faisal Karam – foi com o ex-secretário de Segurança Pública do Estado, Airton Michels. “Na oportunidade, ressaltamos a importância de melhorar e qualificar a questão da segurança no município. A partir disso, foram colocadas em prática uma série de trabalhos conjuntos, como o Policiamento Comunitário”, pontua o presidente.
Delegacia reformada
Uma das parcerias estabelecidas pelo Consepro durante os últimos anos foi com a Câmara de Vereadores de Campo Bom. “Conversei com o ex-presidente, Maximiliano Messias de Souza, o Max, que destinou R$ 95 mil de recursos do Poder Legislativo para que pudéssemos reformar toda a delegacia. Depois disso, as condições de trabalho melhoraram consideravelmente”, reconhece o presidente do Consepro.
Sala de controle da BM
Na esfera da área da Brigada Militar, o presidente do Consepro relembra que avançou as condições de trabalho para os PMs que atuam na sala de controle e operações. “A situação do local não possuía condições de trabalho. Era vergonhoso aceitar que um PM tinha que passar 12 horas trabalhando no local. Conseguimos recursos e restauramos toda a sala. Foram instaladas novas mesas, cadeiras e armários. Isso ajudou a transformar o local”, reforça Pedro Rogério.
Entrega de armas para a Brigada Militar
Com o apoio de empresários do município, da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Campo Bom e com a contribuição do Consepro, a Brigada Militar recebeu em 2015 uma submetralhadora calibre .40, de fabricação nacional, e uma carabina .30. Com a chegada destas armas, a BM de Campo Bom possui os mesmos armamentos usados por polícias de outros estados do país, como São Paulo.