Conceder o serviço de água à Corsan ou fortalecer a autarquia motiva audiências em Nova Hartz

Nova Hartz – Os vereadores agendaram uma série de audiências públicas descentralizadas para ampliar as discussões e o debate sobre qual o modelo mais adequado para levar, definitivamente, água tratada para mais de 5.600 residências no município. Quatro dos cinco encontros programados para as próximas cinco semanas foram organizados pela Câmara de Vereadores (dias 23/8, 5/9, 12/9 e 19/9) enquanto a Prefeitura promoverá um grande encontro, no dia 29, no Espaço Cultural Pastor Wartenberg.

A audiência que estava marcada para ocorrer hoje (23), na Câmara de Vereadores, às 19 horas, foi cancelada. O motivo se deu devido a alguns vereadores terem solicitado mais informações para a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do RS (Agergs). A redação foi comunicada do cancelamento hoje, através do vereador Robinson (PSC) e da vereadora Rosa Leães (PT). Uma nova data será definida e informada.

Cronograma de audiências públicas

Quinta (23/8) – Cancelada
Audiência Câmara de Vereadores, 19 horas.
Bairros: Centro, Liberdade, Bela Vista, Vila Alves, Loteamento Ipê Amarelo.

Quarta (29/8)
Audiência Pública no Espaço Cultural Pastor Wartenberg
Público: contempla todo o município
Horário: 19h30

Quarta (5/9)
Audiência Centro Comunitário Campo Vicente Bairros: Campo Pinheiro, Nori

Quarta (12/9)
Audiência Centro Comunitário Progresso
Bairros: Primavera, Imigrante, Coopheva, Canto Kirsch, Vicente Melo.

Quarta (19/9)
Audiência Pública Vila Nova
Bairros: Arroio da Bica, Canudos.

Quais os modelos em debate

Existem dois modelos para a distribuição da água em Nova Hartz acontecer e que estão no centro dos debates. O primeiro modelo, que é o defendido pela Prefeitura, seria conceder o serviço de abastecimento de água, ligações, consertos nas redes, emissão de faturas e atendimento ao cliente/usuário para a Corsan, que em troca, teria a seu favor um contrato de concessão por 25 anos. Neste modelo, todo o dinheiro arrecadado pelas futuras cobranças iria para o próprio caixa da Corsan, ajudando a ressarcir os investimentos na complementação da implantação do sistema de abastecimento de água.

Por outro lado, alguns vereadores defendem outro modelo, que é a Corsan vendendo o metro cúbico (m³ = 1.000 litros), por R$ 5.13, para a Prefeitura/Autarquia Águas da Nascente e o próprio município fortalecendo-a (com a aquisição de máquinas, nomeação de servidores) potencializando a atuação da autarquia, semelhante ao modelo adotado por municípios vizinhos como Novo Hamburgo e Ivoti.

Nas últimas semanas, um grupo de vereadores (Rosa Leães, Neiva Scherer, Oseias Oliveira, Eloir Colombo e Robinson Bertuol) participou de agendas, em Porto Alegre. Eles buscaram junto à Corsan, uma redução no valor do metro cúbico (m³) que a Corsan pretende vender ao município – R$ 5,92, e que os vereadores entendem ser alto. Outra agenda ocorreu na Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do RS (Agergs).

Lideranças Comentam

Rosa Leães, do PT
“Estamos buscando informações para reduzir o custo que a Corsan quer cobrar pelo metro cúbico. Água tratada nós já temos e é da Corsan. Estamos discutindo quem vai distribuir essa água. E a que custo vai distribuir. Não nos conformamos com o preço que é apresentado pela Corsan e buscamos a redução do valor”.

Ronei Oliveira, Águas da Nascente
“Não é viável comprar água da Corsan e a Autarquia distribuir. Se a Prefeitura assumir, obrigatoriamente, terá que reajustar o valor da tarifa básica hoje em R$ 19,31, pois estes valores não serão suficientes para cobrir os custos com folha de pagamento e manter o serviço de manutenção.”