Comunidade deve contribuir para aumento de percentual de reciclagem em Sapiranga

O sucesso nos percentuais de material reciclado em qualquer cidade depende muito da conscientização e contribuição da população. Ações que começam dentro de casa, como a separação correta do lixo e a disposição dos resíduos em dias e locais corretos, ajudam em muito, as operações nas cooperativas de reciclagem.

A partir do trabalho de triagem é que são identificados e selecionados os materiais que podem ser reciclados e aquilo que será encaminhado aos aterros sanitários autorizados. Em Sapiranga, por exemplo, esse é o destino final do material orgânico e dos rejeitos que não possuem mais condições de reaproveitamento. A estação de transbordo da Central de Triagem e Compostagem de Resíduos Sólidos (Cetrisa), hoje é o local que recebe um volume mensal de 1.150 toneladas, sendo que somente 10% desse montante é reciclado a partir da triagem. “Atuamos muito no processo de conscientização por meio da educação, com campanhas, folders, resgatamos o mascote Chico Separa, serviço de som e iniciativas em escolas. E também licenciamos pontos de coleta”, explica a secretária de Meio Ambiente e Preservação Ecológica (Semape), Rosane Reichert. A coleta de lixo é de responsabilidade da Empresa Onze Construtora e Urbanizadora Ltda.

Realidade de Sapiranga

Com horários específicos, os caminhões da empresa terceirizada contratada para o recolhimento chegam em horários específicos na estrutura no bairro São Luiz, aonde despejam os materiais nas respectivas estruturas. Apenas o lixo seco é seletivo. A matéria orgânica e os rejeitos são transportados dentro das normas até o o aterro sanitário da Companhia Riogrande de Valorização de Resíduos (CRVR), em São Leopoldo.

Hoje, o município investe em torno de R$ 28 mil ao mês somente para a manutenção das atividades da cooperativa. Deste valor, em torno de R$ 22 mil são para a manutenção de toda estrutura, enquanto outros seis mil são para despesas com os pouco mais de 20 colaboradores da Recicooper Cooperativa de Trabalho e Reciclagem de Sapiranga. O restante dos recursos para a remuneração dos associados é obtida através da venda dos materias recicláveis.

E para ajudar para que um percentual maior de materiais sejam reciclados é importante ter atenção ao calendário com os respectivos dias de recolhimento em cada bairro. São considerados secos, materiais como papéis, jornais, plásticos, garrafas, caixas e vidros (colocar em jornais ou dentro de garrafas PET). Enquanto orgânicos são os restos de comida, cascas de frutas e verduras, erva-mate, papel higiênico e fraldas. O calendário para toda cidade está disponível no site: sapiranga.rs.gov.br/servico/view/22/coleta-de-lixo.

O que pensam

Eloy Mertins, gestor de resíduos e fiscal de coleta da Cetrisa.

“É muito importante separar o lixo da forma correta em casa e colocar no dia certo da coleta. Buscamos conscientizar as crianças da importância disso quando nos visitam.”

Vanderlei Lavandoski, presidente da Recicooper.

“Acredito que as campanhas por meio de panfletos ajuda a conscientizar as pessoas. Hoje, somente em torno de 40% de todo material que chega aqui na Cetrisa é separado corretamente pelos moradores da cidade.

Fotos: Fábio Radke