Comentário: Armas: um direito, por Por Pedro Rogério e Gilmar de Macedo

Assim como as correntes marinhas, o movimento das placas tectônicas, as migrações de bandos e cardumes, e os ventos, são as alterações do comportamento através da divulgação massiva de novas idéias ou de outro modo, a repetição em um novo momento de uma idéia antiga que não triunfou. Nesse sentido, foi o movimento na década de 1990 a respeito do desarmamento da população. Recursos públicos exorbitantes foram gastos em propaganda, shows e muita pirotecnia tentando convencer uma Nação que o melhor era ser cordeiro e assim acabamos facilitando a vida do lobo, coitado, essa incompreendida vítima da sociedade. A maldade chegou ao ponto de culpar o ouriço por seus espinhos. Países que desarmaram sua população colheram o pior dos desatinos na mão das pessoas de mal.

Diz o adágio popular que quando a caça se defende, o agressor dorme com fome, e por outro lado, quando se poupa o lobo também ajudamos a matar a ovelha, assim fez o Estado Brasileiro ao desarmar desumanamente o Cidadão ordeiro e cumpridor de seus deveres, sendo, até certo ponto, por medidas arbitrárias complacente com a bandidagem. O absurdo chegou ao ponto de ao mesmo tempo em que se obriga um jovem em serviço Militar a defender seu País em caso de beligerância, o proíbe de defender sua propriedade, sua vida ou de seus familiares perante o ataque de um agressor ilegalmente armado, descumpridor da lei e sem compromisso com a Nação.

O Estatuto veio para desarmar as vítimas. Em 2005 foi desperdiçado, na realização do desastrado referendo, mais de meio bilhão de recursos públicos ( impostos pagos pelas vítimas indefesas) para que através de uma pegadinha do contra ou a favor do comércio de armas de fogo e munições (artigo 35 da Lei 10826 ), a população pudesse se manifestar. O Novo decreto editado neste mês de maio atende aos anseios da população, que por meio das últimas eleições formalizou e agora vê atendido seu desejo, estamos em uma democracia e como fora antes, hoje todos devem acatar a nova redação da lei que devolve um direito natural e inalienável que é a Legítima Defesa. Retóricas a parte, ninguém será obrigado a possuir uma arma, mas também é legítimo afirmar que ninguém tem o direito de proibir aquele que o deseja e cumpre com as formalidades legais de tê-lo. As condições exigidas para quem quer comprar, possuir e portar uma arma legalizada são muito criteriosas.

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