Combate aos focos do mosquito Aedes Aegypti se mantém intenso durante a pandemia

Região- O verão é a estação em que o mosquito Aedes Aegypti se desenvolve mais rapidamente, porém, é comum que a proliferação ganhe força após este período, isso porque a população tende a diminuir a atenção com as medidas de prevenção. No último Informativo Epidemiológico, divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde no mês de abril, constam várias cidades da região consideradas infestadas pelo Aedes Aegypti, transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika Vírus, doenças que são epidêmicas no Brasil.

Na lista estão cidade como Sapiranga, Araricá, Nova Hartz, Campo Bom, Parobé, Taquara, Rolante e Igrejinha. O indicativo de infestação consiste do registro de focos do mosquito e também casos de alguma das doenças que ele transmite, mesmo que não em números tão expressivos, visto que apenas um criadouro pode ser capaz de proliferar mosquitos que vão infectar muitas pessoas.

 

 

As secretarias de saúde da região atuam na fiscalização e conscientização a respeito do risco que representa o aumento dos focos. O trabalho é contínuo, mesmo com a pandemia as equipes procuram manter os protocolos de segurança distanciamento do Governo do Estado.  Apesar dos focos estarem sendo encontrados, até o momento ainda não foi notificado nenhuma suspeita de Dengue, Zika Vírus, Chikungunya em 2021.

Em Sapiranga, foram registrados, nos últimos 12 meses, 537 focos do mosquito. Em 2020, o bairro mais atingido foi o Centro, com 155 focos e, em 2021, até 17 de abril, o bairro mais atingido foi Centenário, com 76 focos. No ano de 2020, foram notificados quatro casos suspeitos de Dengue, dos quais dois se confirmaram. O município conta com oito agentes de endemias, um coordenador de endemias, além de 31 agentes comunitários de saúde.

 

Já em Nova Hartz, os últimos casos registrados ocorreram entre 2019 e 2020. Ao ser identificado um foco, a vigilância Sanitária é notificada e realiza vistoria numa área de 300 metros no entorno do local, a Secretaria de Obras também fica em alerta para o acúmulo de entulhos que possam gerar a proliferação.

Campo Bom conta com cinco Agentes de Combate a Endemias (ACEs) que atuam diretamente nas ruas, realizando visitas a estabelecimentos e locais estratégicos e também prestando orientações de porta em porta aos moradores. Neste ano, já foram realizadas 133 coletas larvárias, que são feitas em situação de denúncia e em pontos estratégicos, e após analisadas por um ACE capacitado pelo Estado. Havendo reincidência no local, a Vigilância Sanitária notifica o morador ou proprietário. Os bairros com maior incidência foram Centro e Metzler.

 

O secretário da Saúde de Campo Bom,João Paulo Berkembrock, reforça que o município faz a sua parte eliminando os focos. “No entanto, precisamos que a comunidade também tome a frente, identificando em suas casas possíveis depósitos de água parada. Além disso, caso desconfie ou saiba de algum local com essas características, denuncie, pois a Prefeitura vai até o local e faz a vistoria”, pede o secretário. O telefone para denúncias é 3598 8600 ramal 8770. “O mais relevante é que a população tome consciência de que ela mesma é responsável pelo seu espaço. Ela precisa manter os cuidados para evitar que em sua residência exista um foco do mosquito.” reitera Edson Costa, biólogo atuante na Secretaria da Saúde de Nova Hartz. Atenção com calhas e vasos de plantas, manter caixas d’água e sacos der lixos vedados, são orientações que a  Secretaria de Saúde de Sapiranga usa para conscientizar a população.