Combate ao avanço da dengue em Campo Bom é intensificado

Foto: Emerson Santos/PMCB

Campo Bom – Na segunda metade de março uma onda de casos de dengue atingiu o estado. Em Campo Bom, o trabalho foi intensificado de maneira preventiva. “Em comparação com outras cidades da região, estamos conseguindo conter a progressão. O combate às endemias é constante, acontece durante o ano inteiro. Neste momento o que estamos fazendo é um direcionamento, concentrando esforços”, comenta o secretário de Saúde, João Paulo Berkembrock.

 

As ações realizadas pela Prefeitura começaram com mutirões em bairros com maior incidência de casos suspeitos. Durante a semana, os agentes de saúde passam nas casas avisando para que os moradores coloquem entulhos, galhos, pneus e demais itens que podem acumular água nas calçadas. No sábado, uma equipe da Secretaria de Obras fez o recolhimento. Esse movimento já aconteceu nos bairros Operária, Alto Paulista e Rio Branco e, no próximo final de semana, vai ocorrer no Quatro Colônias. “Assim que começamos a ter as notícias de casos resolvemos agir neste sentido, para que a proliferação diminua”, comenta João Paulo.
As equipes de saúde também receberam treinamento para identificação dos sintomas com mais precisão e uma compra de repelentes está sendo realizada, de uso adulto e infantil. “Recomendamos junto com o tratamento o uso de repelente, e já entregamos no atendimento para evitar que o paciente infectado seja picado novamente, pois o mosquito vai levar o vírus para outra pessoa”, explica o secretário. “Estamos também disponibilizando no PA (Pronto Atendimento) os principais recursos para o tratamento, focados na hidratação”, completa.

Agentes fazem visitas para conscientização

A cidade de Campo Bom, como a maioria da região, é considerada área de infestação, por isso o combate ao Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue, faz parte do cronograma da Secretaria da Saúde. Os agentes de endemias realizam várias ações, entre elas, as visitas para localizar possíveis pontos de proliferação e orientar os moradores. Por exemplo com relação à plantas, muitas pessoas não sabem que ali pode ficar acumulada água e ser propício para criação de larvas do mosquito. Também não é proibido ter água em cisterna para regar hortas ou guardar água das chuvas, mas elas devem estar bem fechadas. “A população está sendo bem receptiva com a visita dos agentes e a colaboração tem sido fundamental, como nos mandar onde pode ter um foco no bairro, algum local que não fica visível e então buscamos notificar. Precisamos dessa ajuda também”, comenta João Paulo, que ressalta a realização de um cronograma especial entre os agentes de endemias e os agentes de saúde, que atuam em cada bairro e são mais próximos das comunidades.

“Alinhamos um trabalho conjunto entre as secretarias, para que haja mais cobertura desse controle. Vamos nos bairros, nas residências, monitoramos os casos e fiscalizamos. Isso é de segunda a segunda, junto do recolhimento dos materiais que possam gerar acúmulo de água, e tem se mostrado efetivo, observamos pelo número de casos na nossa cidade, em comparação às demais da região. Mas reforçamos: é preciso que todos se conscientizem e façam sua parte eliminando possíveis focos de proliferação do mosquito, nas suas casas”, destaca o prefeito Luciano Orsi.

Núcleo de Secretarias

Nos últimos dois anos, período mais intenso na pandemia de Covid-19, todas as áreas do serviço público precisaram trabalhar junto com a Saúde para proteger a população. Nas ações contra a dengue realizadas em Campo Bom não é diferente. “Temos um núcleo com as quatro secretarias envolvidas”, comenta o secretário de Saúde, João Paulo Berkembrock. A Saúde está a frente realizando a conscientização e se preparando para o atendimento dos casos. A Secretaria de Meio Ambiente também faz parte da força-tarefa, pois é preciso analisar o impacto do uso de inseticidas. “Vamos usar um inseticida na áreas de arroios e córregos, que já foi analisado pelo nosso biólogo”, comenta João Paulo. A equipe de fiscalização, que faz parte da Secretaria de Finanças, atua na notificação de propriedades que possuem risco de focos do mosquito. E a outra envolvida é a Secretaria de Obras, que o secretário de Saúde classifica como “fundamental no combate, pois é necessário que a limpeza urbana esteja em dia. A retirada de entulhos, por exemplo, a Saúde não tem capacidade pra contratação desse serviço, então é realizado no sábado, com a parceria do pessoal das obras”.