Com SELIC a 14,25%, Brasil tem a maior taxa de juros reais do mundo

Novo aumento | Taxa básica de juros (SELIC) teve novo aumento na semana passada

Em decisão do Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central, no último dia 29 de julho, os juros básicos da economia brasileira tiveram um novo aumento: de 13,75% para 14,25%.

O objetivo do Banco Central é controlar o crédito e o consumo, atuando assim para segurar a inflação, que tem mostrado altas seguidas neste ano. No entanto, o aumento dos juros básicos tornam a tomada de crédito e os investimentos mais caros, prejudicam a economia brasileira e a geração de empregos.

O Brasil lidera o ranking mundial como o país com a maior taxa de juros reais (que considera a taxa de juros nominal descontada a inflação), com 4,60%. Em segundo lugar aparece a China (3,30%), seguida pela Índia (2,14%).

De acordo com indicativo, o COPOM deve manter a taxa de juros elevada por um período prolongado. “O Comitê entende que a manutenção desse patamar da taxa básica de juros, por período suficientemente prolongado, é necessária para a convergência da inflação para a meta fiscal no final de 2016”, disse o COPOM em nota.

Como a taxa de juros básico, a SELIC, afeta a economia positivamente ou negativamente

A taxa de juros é o instrumento utilizado pelo Banco Central (BC) para manter a inflação sob controle ou para estimular a economia. Se os juros caem muito, a população tem maior acesso ao crédito e, assim, pode consumir mais. Esse aumento da demanda pode pressionar os preços caso a indústria não esteja preparada para atender a um consumo maior. Por outro lado, se os juros sobem, a autoridade monetária inibe o consumo e o investimento. Assim, a economia desacelera e evita-se que os preços subam, ou seja, que ocorra a inflação.

Quando o juro sobe, aumentam as aplicações em títulos da dívida pública. Deste modo, começa a “faltar dinheiro” no mercado financeiro para a realização de investimentos que tenham retorno maior que o pago pelo governo.