Com especialistas reunidos na Assembleia Legislativa, seminário aborda cenário da doação de órgãos

Foto: Vinicius Reis

Por Assembleia Legislativa

Com o objetivo de conscientizar e informar a população gaúcha sobre a importância dos transplantes para salvar vidas e derrubar algumas barreiras no que diz respeito ao processo de doação de órgãos, foi realizado nesta segunda-feira (27),  o Seminário Desmistificando a Doação de Órgãos. O evento, realizado no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa, foi promovido a pela Secretaria de Saúde (SES/RS), por meio da Escola de Saúde Pública (ESP/RS), em parceria com o gabinete da deputada estadual Franciane Bayer, presidente da Frente Parlamentar de Estímulo a Doação de Órgãos, com o apoio da Legislativo gaúcho. “A falta de informação e mitos sobre a doação e o transplante de órgãos são empecilhos que levam muitas famílias a não autorizarem a doação. Por isso e tão importante a realização de eventos como este e também falarmos sobre o tema em todos os dias do ano e não apenas durante a Campanha Setembro Verde”, destaca Franciane.
Representando a Frente Parlamentar de Estímulo a Doação de Órgão, a chefe de gabinete da deputada Franciane, Thais Gules, reforçou que a negativa familiar é um dos principais motivos para que um órgão não seja doado no Brasil. “Em 2018, 43% das famílias, segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), recusaram a doação de órgãos de seus parentes”, disse.
O diretor do Departamento Estadual de Regulação da SES/RS, doutor Eduardo Elsade, representou a secretaria da Saúde, Arita Bergmann na abertura do seminário, quando afirmou que apesar de a pandemia ter afetado várias áreas da saúde, a dos transplantes foi a mais atingida. “O processo de doação de órgão precisa estar muito bem encadeado em todas as esferas e fluxos. Desde a detecção de um possível doador até a mesa de cirurgia têm vários elos de uma corrente que precisa estar muito integrada. E no momento em que tivemos uma pandemia que fez uma ruptura nos fluxos assistenciais dos hospitais, inevitavelmente fomos muito atingidos.
O Seminário Desmistificando a Doação de Órgãos contou com cinco painéis. O primeiro abordou o processo de doação de órgão e transplantes no Estado e teve como palestrantes o médico Intensivista e coordenador da Central Estadual de Transplantes, Rafael Rosa, e o diretor Eduardo Elsade, com mediação da diretora da Escola de Saúde Pública e enfermeira, Teresinha Valduga, uma das idealizadoras do evento.
Logo após, foi realizada uma mesa redonda que tratou do processo de doação sob o olhar de especialistas. O painel foi apresentado pelo médico cardiologista Roberto Tofani Sant’Anna, responsável pelo programa de Transplante Cardíaco no Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul e pelo coordenador do Comitê Científico de Doação e Transplantes da AMIB e coordenador Hospitalar de Transplantes do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, Cristiano Frank.
A equipe multiprofissional e o seu envolvimento com a família doadora foi o tema da segunda mesa redonda que teve depoimento da equipe do Hospital Nossa Senhora Pompéia de Caxias do Sul, representada pelas psicólogas Juliana Corso Britto e Ely Camila dos Santos da Cruz, além da Luciana Feijó que trouxe um relato como integrante de família Doadora. O painel foi mediado pela enfermeira Karen Cardoso, diretora-adjunta da ESP.
Por fim, a psicóloga e idealizadora da Entidade Social Via Pró-Doação e Transplantes/VIAVIDA, Maria Lúcia Kruel Elbern, e os transplantados James Cassiano da Silva e Jackeline Bernandes de Freitas abordaram a perspectiva do transplantado e a rede de apoio, com mediação da assessora parlamentar da deputada federal Liziane Bayer, Michelle Marques Gonçalves.