Coluna Poder: Passada a manifestação, cabe ao governo Bolsonaro dialogar com os congressistas

O presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia de assinatura do decreto que flexibiliza a posse de armas no país.

Independente da quantidade de cidadãos que foram às ruas protestar contra o recente corte de verbas na educação ou que saíram de suas casas no domingo (26) para demonstrar apoio à Reforma da Previdência e ao núcleo duro do governo federal (Bolsonaro, Moro e Guedes), agora, cabe ao presidente, Jair Bolsonaro, sensibilizar os seus antigos colegas de Câmara dos Deputados.
É necessário sentar com o chamado centrão, pois sem os votos desse grupo, a proposta idealizada pelos principais articuladores do Palácio do Planalto não deve avançar.
Além de ir para às ruas demonstrar apoio na agenda reformista de Bolsonaro, o povo se levantou da cadeira, pois também entende que o seu futuro e da sua família está em risco caso a previdência venha a falir (e o caminho está trilhado).
O que não dá mais para aceitar é esse discurso simplista e razo de que é necessário cobrar as empresas que devem à Previdência, o que é fato. Mas, esse valor não cobriria as depesas por um ano! Por isso, a reforma necessita ser profunda. Aumento da idade mínima e novos percentuais que incidem sobre o recolhimento de INSS entre empregadores e empregados é outra medida que necessita de ajustes.

Confederação Nacional da Indústria diz apoiar nova previdência

Em recente publicação na internet, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou que a proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo federal ao Congresso Nacional em 20 de fevereiro de 2019 é muito positiva por conter medidas que podem corrigir as principais distorções nas regras atuais de concessão de aposentadorias e pensões. A entidade defende que as mudanças são essenciais para incentivar o retorno dos investimentos, do crescimento sustentado e da necessária modernização do país.
“A nova proposta de reforma Previdência é bastante abrangente, incluindo servidores públicos federais, estaduais e municipais, trabalhadores da iniciativa privada e políticos”, afirma o diretor de Políticas e Estratégia da CNI, José Augusto Fernandes.

Fonte: Davis Luz