Cerca de 30 dos 50 hidrantes de Sapiranga não estão em operação

Sapiranga – Para que o Corpo de Bombeiros possa combater um incêndio é preciso água. Mas, quando a água do caminhão acaba, são nos hidrantes que os bombeiros se reabastecem. Para isso, obviamente, é necessário que os hidrantes estejam em funcionamento.

Em Sapiranga, existem aproximadamente 50 hidrantes, dos quais apenas 20 estão em operação. No município, existem dois modelos de hidrantes: o padrão norte-americano (coluna) e o de caixa, que fica na altura da calçada. Ambos ficam sob as calçadas, mas este último é de difícil visualização. Por isso, a tampa dele é pintada de vermelho com amarelo, para que os bombeiros possam vê-los facilmente.

Porém, por ficar na altura da calçada, alguns moradores acabam tampando o hidrante, como explica o comandante do Corpo de Bombeiros de Sapiranga, tenente Jurandir Santos de Lima da Silva. “Os hidrantes são pintados de vermelho e amarelo para facilitar a visualização. Mas têm muitas pessoas que não detêm esse conhecimento, por ignorância ou para manter a estética na frente da casa, e fazem calçadas em cima da tampa, e por vezes nos deparamos com essas situações e temos essa dificuldade. Isso não é isolado, é corriqueiro. São cerca de 20 hidrantes em funcionamento e começamos a cobrar recentemente a manutenção ”, disse.

Em pontos estratégicos

O tenente Jurandir explica que os hidrantes ficam em pontos estratégicos para auxiliar no abastecimento dos caminhões. “Cada bairro tem hidrantes em pontos estratégicos que conseguem atender uma demanda. Se houver um incêndio de grandes proporções nesses bairros, temos aqueles pontos definidos e tem o hidrante do quartel em último caso, se algum hidrante não estiver funcionando bem”, disse. Deoclécio Trampusch, da Corsan de Sapiranga, corrobora com a afirmação de Silva na questão dos pontos onde estão localizados, mas discorda quanto a construção de calçadas. “Tem mais hidrantes em frente a empresas, bairros como São Luiz, Industrial, etc. Loteamentos novos já são previstos na elaboração dos projetos. Eventualmente acontece de construir calçadas por cima, mas geralmente o pessoal respeita essa questão do hidrante, nos avisam quando vão construir a calçada e adequamos o hidrante”, conta.

Equipe defasada e melhorias

O responsável pela Unidade de Serviço (US) de Sapiranga, Deoclécio Trampusch, explica que a falta de pessoal dificulta a manutenção dos hidrantes e, por isso, focam em serviços mais imediatos, como desabastecimentos e vazamentos. “Tem vários hidrantes na cidade, mas muitos não estão em operação. Tem 20 em operação, de mais ou menos uns 50 (número não preciso). Quando há a solicitação, fazemos a troca, mas estamos com uma equipe muito reduzida de funcionários e não conseguimos atender toda a demanda. Priorizamos vazamentos e desabastecimentos. Mas a ideia é fazer a manutenção até deixar todos em operação”, disse Trampusch.

Texto: Taylor Abreu

Fotos: Arquivo JR