Centro Ambiental de Campo Bom promove o contato com a natureza no coração da cidade

Campo Bom – Quem passa pelo número 513, da rua Aimoré, em Campo Bom, nem imagina a riqueza natural e de possibilidades que o Centro Municipal de Educação Ambiental Nestor Weiler (Cemea) mantém na sua sede.
Podemos chamar o local de sede, por que o Cemea não funciona somente ali, ele faz parte de toda uma rede de educação ambiental das escolas de Campo Bom.

O local trabalha em vários formatos. Recebe alunos de contraturno escolar, com foco nas vivências ambientais. São 7 turmas distribuídas durante a semana, com 3h de encontro e as turmas são multidade.
Outro eixo são as assessorias pedagógicas, a equipe do Cemea recebe as das escolas, acontecem rodas de conversas com os professores e assessoria aos pátios escolares, mapeando esses ambientes e contribuindo para explorar os espaços da melhor maneira. “Muitas escolas usam o Cemea para fazer um momento diferente, como reuniões e encontros. Esse é um local de muitas possibilidades”, comenta a secretária de educação, Simone Schneider.
O diretor do Cemea e doutorando em Educação e Infância, Mogar Damasceno Miranda, destaca o trabalho em conjunto. “Tudo o que pensamos e executamos aqui, buscamos reproduzir nos pátios nas escolas, multiplicando as vivências. Nós trabalhamos muito com a ideia da criança e a natureza, nessa relação, essa conexão. E a questão da educação e desenvolvimento dessa criança que também é uma multiplicadora da consciência ambiental”.

Espaços lúdicos e em constante adaptação
O Cemea conta com uma área cercada, mas todo o território do Parcão de Campo Bom serve como campo de estudos para as turmas. O local conta com mini auditório, cozinha, laboratório e brinquedoteca orgânica. “Temos uma coleção de vestígios da natureza, a gente faz o empréstimo de kits pedagógicos, foi uma coisa que começou na pandemia e ficou, porque a gente as vezes não tem agenda pra atender todo mundo”, comenta o diretor. A área externa, além do acesso à margem do arroio Schmidt, conta com agrofloresta, quintal brincante, água corrente, horta, e muitos outros espaços criados pela equipe ou mesmo pelos alunos. Esses ambientes estão em constante transformação, assim como a natureza que os inspira.

 

Simone Schneider, secretária de Educação
“Quando a gente tem uma formação de professores aqui eles vivenciam esse espaço, e com isso levam essa vivência pra sala de aula. Os alunos aqui também descobrem, exploram muitas coisas nesse espaço. São experiências, vivências e também a conscientização de preservar o meio ambiente, o que fica de aprendizado e eles levam para a vida”

Mogar Miranda, diretor do Cemea
“O Cemea é um espaço de atividades voltadas as ciências da natureza e educação ambiental. Nós trabalhamos muito com a ideia da criança e a natureza, nessa relação, essa conexão. E a questão da educação e desenvolvimento dessa criança e também ao longo dos processos vai sensibilizando a família que também faz parte dessa relação, essa reconexão com a natureza e com as questões ambientais.”

Luciano Orsi, prefeito
“Desde o início do meu período como gestor municipal, incentivei a educação ambiental nas escolas por entender que é das crianças o futuro da nossa cidade, e que passa pelo seu entendimento sobre preservação e conexão com o meio ambiente a criação de uma cidade sustentável. Nesse sentido, o Cemea atua como espaço de aprendizagem e interação com a natureza, não somente das crianças, mas de toda a comunidade escolar.”

 

 

Localização privilegiada
O Cemea ocupa um espaço às margens do arroio Schmidt e esse contato com um fragmento da bacia do Rio dos Sinos é enriquecedor para o aprendizado. “Fizemos trilhas, aproveitando os espaços, as árvores, as sementes, todo esse contexto da margem do arroio. Temos as trilhas afetivas, onde as crianças são incentivadas a entender os ecossistemas. Conforme chega a vida adulta, vamos nos desconectando da natureza, por isso é importante reforçar essa conexão cedo”, comenta Mogar. Toda a área do Parcão é um corredor ecológico com uma diversidade de materiais para que os alunos do Cemea explorem conhecimento.

Estudantes participam dos grupos e multiplicam as vivências com a família
O direcionamento para os alunos das três redes de ensino proporciona que o Cemea seja ainda mais abrangente no seu propósito de educação ambiental. As crianças e jovens multiplicam o aprendizado e levam isso para as suas famílias. Um exemplo é o grupo de ‘Resgaste dos Saberes’, que nasceu pra acolher os avós que acompanham os alunos do contraturno e hoje é uma das turmas que frequenta o espaço nas terças-feiras. Outro projeto são as hortas urbanas familiares, que também está aberto para toda a comunidade.
A família é uma aliada no trabalho do Cemea e a equipe comemora a participação assídua nos eventos, como o Festival de Inverno – uma noite com fogueira e histórias – e o Festival das Cabanas, que acontece na primavera e promove uma imersão com o meio ambiente na forma de acampamento.