Censo Demográfico 2020 visitará 26.740 residências em Sapiranga. Coordenador de área explica mudanças e acalma a população

Sapiranga – Aconteceu na última segunda-feira, 02, a 1ª Reunião de Planejamento e Acompanhamento do Censo Demográfico 2020 em Sapiranga. O censo objetiva alcançar todas as residências do país para levantamento de dados essenciais para o planejamento público e privado, além de influenciar nos encaminhamentos de verba às cidades. O município conta hoje com 26.740 domicílios que devem ser visitados entre agosto e outubro de 2020.

Para a realização da pesquisa, em Sapiranga, serão necessários 75 recenseadores (responsáveis por passarem de casa em casa para o levantamento dos dados) e 9 supervisores. A contratação será feita através de concurso para cada função. Os editais estão previstos para serem lançados nos meses de fevereiro (supervisores) e março (recenseadores). Para as vagas de supervisor é necessário o ensino médio completo, enquanto para recenseador é preciso ensino fundamental completo.

Menos questões

Bruno Mello, coordenador de área no Censo 2020, explica que houve redução no questionário. “A ideia é deixar o questionário mais fácil para a população responder. Se tu tem um questionário um pouco mais sucinto, a chance de uma informação de mais qualidade é maior”, conta Bruno, que também esclarece que as demais informações serão coletadas através de outras instituições como a Polícia e a Receita Federal e por meio de pesquisas amostrais.

Segurança

Outro ponto, destacado por Simone Kaiser dos Reis, foi a segurança. “Tem o 0800 [ para entrar em contato diretamente com o IBGE] atrás do crachá. Então, você pode pedir para a pessoa te alcançar o crachá, e na frente tem os dados para você confirmar se realmente essa pessoa faz parte do quadro de funcionários do IBGE”, explica Simone. Bruno já ressalta que as informações são sigilosas e que a população não precisa ter medo de passar as informações.  “Muitas pessoas às vezes não respondem, porque acham que vai cruzar com o dado da Receita, vai cruzar com o dado do INSS, vai cruzar com o dado do Bolsa Família”, declara o coordenador, que complementa. “Assim como a população tem a possibilidade de verificar a identidade do recenseador, ela também pode ficar tranquila em relação ao sigilo dos dados que ela está prestando, porque o IBGE, por lei, não pode divulgar informações individualizadas”. Bruno ainda destaca. “Não adianta nós irmos a todos os domicílios, ter todo esse trabalho, todo esse orçamento envolvido e aí por medo acabarem dando um dado que não vai retratar exatamente a realidade, [assim] a política pública pode já nascer com um vício de eficácia”.

Vila Irma

Um ponto debatido na reunião foi a área do bairro Vila Irma. O recebimento de verba do Fundo de Participação dos Municípios depende da quantidade de habitantes da cidade. Com o reconhecimento da área do bairro pertencendo a Sapiranga, a população aumentaria, auxiliando para que o município troque de faixa e aumente a verba recebida do governo.

O secretário de Planejamento, Maurício Regla, afirma. “Entendemos que somos detentores daquela região porque todos esses anos investimos ali, em manutenção, em coleta de lixo, as próprias matrículas estão em Sapiranga”, e completa. “Esta definição tem que ser ajustada junto ao governo do estado, após essa decisão judicial,  para que a legislação mude e essa área fique para Sapiranga, afinal de contas todos os investimentos ao longo destes anos foram feitos aqui, pela Administração de Sapiranga”, declara Regla.

Bruno explicou a situação. “A lei que dá os limites é estadual, então tem todo um rito lá, fazem um relatório e quando eles tem esse relatório de revisão de limite eles mandam para o IBGE e só então que o IBGE pode mudar o limite municipal. Mesmo que exista a decisão do juiz em último grau, transitado em julgado o estado precisa atualizar o dele se não, não vai para nós.”