Cempra inicia mapeamento sobre animais de rua em Sapiranga

Sapiranga – O Centro Municipal de Proteção e Bem-estar Animal (Cempra) de Sapiranga atua pela proteção de animais abandonados (ou não tutelados), e uma das principais ações é a castração.

Para poder chegar a um controle mais efetivo, é necessário um levantamento de dados. Para isso, neste mês de julho, a equipe da Secretaria de Meio Ambiente e Preservação Ecológica (Semape) iniciou o trabalho de mapeamento da cidade, com o foco em animais abandonados. Essa espécie de recenseamento é realizado por uma equipe do Cempra, veterinária e servidora, e começou pela região do bairro Porto Palmeira. “Estamos naquela área, que tem muita incidência de abandono e, aos poucos, vamos avançar para outros bairros, até conseguir mapear os locais”, comenta o secretário de Meio Ambiente, Ederson Klein.
O trabalho não tem prazo estimado, já que será escalonado conforme a demanda de castrações do Cempra, mas no final do levantamento os dados serão reunidos para nortear ações pontuais da secretaria para cada região.
O controle populacional é uma ferramenta importante para poder ajudar os cães e gatos de rua. O Cempra não é um abrigo de animais, ele atua pela saúde desses bichinhos e conta com o auxílio de protetores de animais que mantém espaços de abrigo.

Parceria com os protetores
O trabalho do Cempra é contínuo. Por mês, são em média 90 castrações e mais de 140 atendimentos veterinários. Este suporte médico é direcionado para os animais de rua, os que estão sob tutela das famílias de baixa renda ou estão em algum abrigo dos protetores de animais cadastrados na Semape. “As vezes as pessoas se confundem, mas a estrutura não permite que o atendimento veterinário seja feito para animais em geral. O animal de rua, por exemplo, recolhemos, tratamos e depois ele é devolvido para o local de origem”, comenta o secretário. “Damos o suporte para as pessoas envolvidas com proteção animal que possuem o cadastro. Temos casos de pessoas que mantém até 90 cachorros. A gente não consegue ajudar em tudo, como gostaria, e essas pessoas também nos ajudam voluntariamente, indicando algum animal abandonado, abrigando eles também”, completa.

Foco no bem-estar animal
Os animais encontrados durante o mapeamento são examinados pela veterinária e a castração é agendada. Caso tenham um tutor, a orientação também é realizada. “Temos encontrado alguma resistência em famílias que não querem a castração, pois entendem que futuramente vão fazer a procriação. Nestes casos, a equipe orienta os cuidados necessários, como manter o animal preso no pátio de casa”, explica Ederson.
O foco inicial do mapeamento são os animais que ficam pelas ruas, que precisam ser castrados. Para acontecer um levantamento é necessário que ocorra um controle populacional, caso contrário os números não serão úteis. Além disso, ao identificar os locais com maior incidência de abandono, ações podem ser direcionadas e mais efetivas. Cães e gatos sem cuidados necessários podem ser vetores de zoonoses. Outro problema recorrente é o envolvimento em incidentes no trânsito, principalmente com ciclistas ou motociclistas.
O trabalho também concilia a fiscalização dos maus-tratos com animais, que é contínua. Caso a população veja um animal de rua ferido ou se depare com uma situação de maus-tratos, a orientação é entrar em contato com a Semape através do telefone (51) 3599 9500, ramal 223.