Sapiranga – Está em processo de licitação a obra que abrirá quase 200 novas sepulturas no Cemitério Municipal do bairro São Jacó, em Sapiranga. Conforme dados repassados pela prefeitura, o investimento será de R$ 372.081,68 e garantirá o quinto prédio no local, totalizando 168 sepulturas adultas e 24 infantis.
A construção terá 223 metros quadrados e o trabalho será acompanhado pela Secretaria Municipal de Obras.
A necessidade de ampliação se tornou prioridade para prefeitura em razão do crescimento surpreendente no número de óbitos, sendo a maioria por complicações da Covid-19, principalmente nos últimos meses. O secretário de Obras, Alcindo Luz, conta que antes do aumento de mortes da pandemia, em média, por semana era realizado um sepultamento no cemitério do bairro São Jacó. Às vezes, ocorriam três em uma quinzena. “Agora, no mês de março, no auge das internações e falecimentos da pandemia, chegamos a ter cinco em apenas um dia. E, neste período, a grande maioria foram de vítimas por complicações da Covid-19”, lamenta o secretário.
De dezembro à primeira quinzena de abril, foram realizados 200 sepultamentos. “Já prevíamos uma ampliação, no entanto, tivemos que antecipá-la por razão desse motivo. Temos dois cemitérios municipais, este (do bairro São Jacó) e no bairro Oeste, no entanto, este segundo não tem como ampliar”.
90 dias de trabalho
A abertura do processo licitatório está prevista para o próximo dia 29. Depois que a empresa responsável for definida para executar a construção, a expectativa é de que ela esteja pronta em 90 dias, dependendo também das condições climáticas. “Essa é uma ampliação importante e necessária. Este é o cemitério municipal referência neste momento. Somente aqui temos condições desta ampliação”, explica o secretário de Obras.
Vandalismo preocupa gestão
O investimento com ampliações é necessário e se faz para oferecer a última despedida aos moradores de Sapiranga. Porém, atos de vandalismo também têm feito a prefeitura gastar para consertar estragos feitos na estrutura dos prédios ou até mesmo na cerca das sepulturas que ficam no chão. “É lamentável. Se a gente melhora um pouco a estrutura, vandalizam. Já quebraram estruturas dos prédios das gavetas e cortaram as telas de arame que cercam as covas no chão”, comenta o secretário Alcindo. Algumas famílias também procuraram ornamentar as sepulturas, porém, os vândalos não respeitam sequer o luto. Cruzes já foram furtadas, assim como molduras de fotos danificadas.
O secretário de Obras pede a colaboração e consciência de quem promove este tipo de ação, não respeitando as famílias e os entes sepultados, assim como pede que quem perceber ou flagrar algum crime desta natureza faça denúncia na prefeitura ou na própria Brigada Militar. Atualmente, há cerca de 1.500 pessoas enterradas no cemitério do bairro São Jacó, além do espaço das ossadas junto à capela.