CCZ de Sapiranga possui trabalho modelo na região com o incentivo da adoção consciente

Guilherme e Jeniffer adotaram a Paris no CCZ em abril.

 Sapiranga – O abandono de filhotes é um problema recorrente e a adoção é um meio de direcionar eles para um lar adequado e também uma oportunidade para quem quer um bichinho de estimação.
O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Sapiranga realiza um trabalho fundamental de acolhimento a cães abandonados e vítimas de maus-tratos. Todos eles são castrados, vacinados e recebem o tratamento veterinário necessário. O trabalho ocorre com o objetivo de encontrar uma família para adotar cada um dos habitantes do CCZ, já que sempre vão chegando mais ‘hóspedes’.
Recentemente, o CCZ passou por uma ampliação, garantido maior comodidade aos animais e aos profissionais que atuam no local, que passou a contar com 16 baias individuais para abrigar cães em atendimento clínico. A rede de esgoto foi reconstituída e bebedouros automáticos para os cães foram instalados.
No entanto, toda essa estrutura não substitui o carinho que eles recebem em um novo lar. Os animais ficam disponíveis para adoção, entre machos e fêmeas, adultos e filhotes, de vários tamanhos. Interessados em adotar um cachorro podem entrar em contato com a Secretaria Municipal de Saúde pelo telefone 3959-1024, das 7 horas às 18h30, e agendar uma visita. A adoção ocorre mediante assinatura de termo de posse e o adotante passa a ser o responsável pelo animal. Uma medida para evitar qualquer situação de maus-tratos.

 

Adoção também é cuidado e responsabilidade

A veterinária no CCZ, Marília da Cruz, dá algumas dicas sobre a adoção. “É importante que o adotante esteja preparado e muito ciente quanto aos cuidados que o animal precisa, como alimentação, higiene, atenção e cuidados veterinários, por isso ele assina um termo de responsabilidade ao adotar o cão que escolher.” explica
“É essencial que se invista um tempo para conhecer o animal, a interação é importante para saber se ele é calmo ou agitado, qual a finalidade do animal para a família, por exemplo se é para guarda ou apenas para companhia, se o animal convive bem com outros cachorros e crianças”.
Essas informações são passadas para quem vai ao CCZ, para que o cão escolhido seja compatível com o perfil daquela família que vai recebê-lo e para que a adaptação seja a melhor possível.

 

Paris foi adotada em abril e já está adaptada ao novo lar

O casal Guilherme Bender e Jeniffer Modinger estavam planejando comprar um cachorrinho, já que ambos gostam de ter pets. “A ideia surgiu porque estávamos já há algum tempo namorando e a gente queria ter uma responsabilidade juntos. O plano era comprar uma Linguicinha, mas vimos a publicação no Instagram da Prefeitura, que muita gente respostou, e marcamos a visita no CCZ”, conta Guilherme. Quando viram a Paris, já se apaixonaram e só não levaram ela no mesmo dia porque ela ainda não tinha tomado todas as vacinas necessárias.
“No dia em que a buscamos, ela estava assustada porque ela estava acostumada com os irmãozinhos dela lá no CCZ e, na minha casa, eu já tenho outra cachorra, que é muito ciumenta, e tentou avançar nela”, relata Jeniffer. Então, foi decidido que Paris ia ficar na casa do Guilherme, onde ela tem mais duas irmãs, a Preta e a Nega. “Com elas, a Partis se dá bem, é um dengo de cachorrinha”, completa Jeniffer.
“Aqui em casa tem as três e elas ficam até dentro de casa, todo mundo gosta dela aqui. É muito bom voltar do trabalho e elas vêm no portão receber com lambeijos. Às vezes, quando a Jenny vem só no fim da semana, ela também vem receber balançando o rabinho. Não tem nada melhor, é um amor verdadeiro”, declara Guilherme.

Fotos: Arquivo Pessoal