Campo Bom – O Dia do Artesão, 19 de março, há seis anos tem um significado ainda mais especial para os artesãos campo-bonenses.
Depois que a Casa do Artesão Silvia Reichert foi fundada, em setembro de 2016, unindo as associações locais e garantindo um espaço para exposição do trabalho dos artistas, a data é comemorada também em razão do fortalecimento do artesanato local.
Arno Weber, desde o início, é colaborador da Casa do Artesão. Ele é presidente, há mais de 10 anos, da AArtebom, a primeira associação de artesãos campo-bonenses. “Trabalho com artesanato desde criança, me associei na AArtebom em 1998, por isso a Casa tem um grande significado na minha vida, trabalhei muito para ela acontecer”, afirma. O nome, Silvia Reichert, foi indicação dele, uma homenagem à falecida ex-presidente da associação que dedicou a vida ao artesanato local.
Quem também trabalha na Casa do Artesão desde o ínicio é Jalma Bica Bueno, 75, artesã há cerca de 25 anos. “Para mim, é a realização de um sonho ter uma loja de artesanato, um espaço com vários artesãos e trabalhos bem diversificados”, observa.
Para o prefeito Luciano Orsi, a Prefeitura incentiva e investe no artesanato campo-bonense porque é um setor econômico importante para o desenvolvimento local, já que muitas pessoas dependem disso. O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Henrique Scholz, aponta que o fato de o espaço já ter mais de seis anos evidencia o empenho e a qualidade do trabalho da classe e isso, por si só, já justifica o apoio do Poder Público.
Segundo Ieda Lauxen, coordenadora da Casa do Artesão, além da AArtebom, são mais duas associações em Campo Bom — Operária e 4 Colônias —, sendo que duas atuam diretamente no espaço e as três participam das feiras organizadas no Largo Irmãos Vetter. “É uma forma de aumentar a renda familiar, muitos dependem desta renda, por isso agradecemos à Administração Municipal pelo olhar e por nos dar estes espaços para expor e vender os trabalhos”, destaca.
Um espaço que une também gerações
A Casa do Artesão, portanto, uniu associações, mas também aproximou gerações. Ali trabalham, por exemplo, Maria Ironi Pereira Flor, 82 anos, e Camila Fernandes, 32. Apesar da diferença de idade, o amor e o carinho pelo artesanato é o mesmo. A “Tia Maria” é, como ela própria diz, a “bonequeira”, faz bonecas de pano. “Comecei por necessidade e continuei porque o artesanato se tornou uma realização na minha vida”, observa.
Já a Camila faz acessórios de macramê, pulseiras e colares. “Estava sem trabalho, com um bebê pequeno, e na Casa do Artesão me acolheram, me animaram. Hoje estou muito feliz, muito grata por participar, poder vender nosso artesanato, que é feito com muito amor e dedicação”, aponta.
Funcionamento da Casa do Artesão
A Casa do Artesão Silvia Reichert fica localizada na Rua Ernesto Dorneles, 31, onde antes era a antiga rodoviária. O horário de atendimento é de segunda a quinta-feira das 12h às 18h, na sexta das 8h30 às 17h30, sem fechar ao meio-dia, e nos sábados das 8h30 às 11h30.
Nas salas comerciais do Largo Irmãos Vetter, os artesãos expõem de terça a sexta-feira das 13h às 17h30 e nos sábados das 9h às 16h.
Mega feira de artesanato no dia 25
O dia é do artesão, mas o presente é para todos os campo-bonenses. Entre os dias 20 e 25, a Casa do Artesão estará com descontos incríveis para os clientes, com direito a uma mega feira no Largo Irmãos Vetter no sábado (25), das 8h30 às 17h.
Foto: Lucas Unser/PMCB
Por Prefeitura de Campo Bom