Carina pede cautela na adequação das rampas no Ferrabraz e cita metas a cumprir

 Sapiranga – Na última semana, a Associação Gaúcha de Voo Livre divulgou o planejamento de remodelação na área que hoje é usada para a decolagem dos pilotos praticantes de voo livre, no Morro Ferrabraz, em Sapiranga. As ideias tem um motivo bem claro: a readequação das rampas para os moldes mais modernos e também colocando novamente Sapiranga nos principais circuitos nacionais das modalidades (como competições de asa-delta e paraglider).

No entanto, o que muitas pessoas não sabiam é a situação do local onde estão os pontos de decolagem. A área é uma propriedade particular, pertencente a uma família da região. Hoje, a AGVL paga um aluguel para poder utilizar o espaço e também arca com as manutenções necessárias, bem como conta com o auxílio da Prefeitura para o corte da grama do amplo espaço aberto.

A questão é que para conseguir fazer as adequações necessárias, bem como estruturar a área de maneira mais profissional, a associação precisa do apoio da Administração e também da iniciativa privada.
Infelizmente, com o acesso irrestrito e sem um sistema de gestão, não é possível manter o local ideal para competições ou estabelecer melhorias para receber os turistas.

Há alguns anos, por exemplo, a AGVL montou toda uma sinalização técnica com placas e faixas delimitadoras para os saltos, porém, quase tudo foi vandalizado em pouco tempo, o que acarretou em prejuízo para associação e para quem frequenta o topo do Ferrabraz.

Processo deve respeitar as etapas de elaboração

“Nós já temos um planejamento e metas a cumprir, mas não podemos atropelar as etapas”, destacou a prefeita de Sapiranga, Carina Nath. A Administração Municipal está engajada neste planejamento da AGVL, entendendo a importância que é a volta de Sapiranga à posição de destaque no voo livre nacional, e também do desenvolvimento do turismo na cidade, a partir das atividades esportivas.

Pelo fato da área ser particular, em um primeiro momento é necessário adquirir as terras, e isso tem que ser feito através de uma negociação detalhada. “Já fizemos um agendamento com a família, mas devido às restrições da Covid, a reunião ainda não foi possível. A gente retomou agora estes contatos para dar o andamento, e ver de que maneira podemos fazer uma negociação que fique boa para todos os lados”, revela a prefeita. “O primeiro passo é a aquisição da área e o segundo é a infraestrutura e as parcerias público-privadas. Então, assim, nós conseguiremos concluir as etapas e fazer bem feito. Não adianta colocar várias coisas em andamento e não concluir nada”, finaliza.