Câmpus do IFSul em Sapiranga sofre com cortes do governo Temer

Educação | Escola técnica às margens da RS-239 receberá, em 2017, 80% do custeio previsto para quitar compromissos

Região – Três anos após entrar em funcionamento, a direção do câmpus Sapiranga do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense (IFSul) vê os problemas financeiros só aumentarem. A dificuldade se deve pelo contingenciamento anunciado pelo Governo Federal, devido à queda na arrecadação e à crise econômica. O corte de verba anunciado no fim de julho restringiu a atuação de vários órgãos e setores dependentes do governo federal, entre os quais, as universidades federais e os institutos federais de educação.

O chefe do Departamento de Administração e de Planejamento do câmpus Sapiranga, Julio Korzekwa, ressalta que todos os 14 câmpus no Rio Grande do Sul do IFSul enfrentam a mesma dificuldade. “Estamos em agosto, e o Ministério da Educação liberou 60% do orçamento previsto em 2017. A previsão é de que liberem 80% até o final do ano. Até esta semana, chegou para o câmpus Sapiranga cerca de R$ 600 mil e a previsão é que recebamos R$ 800 mil, mas mesmo assim, faltariam R$ 200 mil para sanar as obrigações”, contextualiza Julio.

Faltam equipamentos e busca de apoios

Outra dificuldade enfrentada pela direção e os estudantes é a falta de equipamentos para o exercício da aprendizagem dos estudantes. “Precisamos de uma frezadora universal, que custa R$ 70 mil cada, e não temos recurso. Nossa opção é conquistar apoio de deputados através da indicação e emendas parlamentares para a aquisição. Estamos mobilizando as lideranças”, conclui.

Reitoria do IFSul busca apoios

A reitoria do IFSul tem orientado os diretores dos câmpus a economizar ao máximo para manter as atividades a pleno. Porém, a luta é intensa para conseguir a liberação integral dos valores de custeio para os câmpus. Para conseguir concluir a implantação do Câmpus de Sapiranga do IFSul, ainda é necessário construir um ginásio de esportes. A reitoria diz que recursos para investimentos em infraestrutura são limitados e a reitoria tem apresentado ao Ministério da Educação projetos extra-orçamentários para finalizar a implantação do câmpus. Apoio de deputados é outra alternativa buscada.

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