Campo Bom realizará diferentes serviços no Arroio Schmidt a partir de segunda, 19

Arroio Schmidt atravessa pelo menos três bairros de Campo Bom, incluindo o Centro Foto: Cássios Schaab

Serviços de bioengenharia, desassoreamento e desobstrução de galerias são alguns dos serviços que a prefeitura de Campo Bom, através da Secretaria de Meio Ambiente (SEMA), irá executar no Arroio Schmidt a partir da próxima segunda-feira, 19. A ação vai ser executada por equipes da Secretaria de Obras em parceria com servidores da Secretaria de Meio Ambiente.
“Essa ação não irá ocorrer da noite para o dia. Ela está sendo pensada e planejada através dos monitoramentos que a SEMA vem fazendo através de diversos parâmetros e dos problemas que o arroio apresenta”, informa João Flávio da Rosa, titular da SEMA. Responsável pelo planejamento dos trabalhos, o biólogo da SEMA, Jeferson Timm, explica que a execução dos serviços ao longo do arroio não irá acabar com o mau cheiro do córrego. “É importante a gente deixar isso claro para a comunidade. Já vimos alguns comentários falando que esse serviço iria acabar com o mau cheiro, mas não é verdade. Isso só será possível quando tivermos o tratamento de esgoto”, relata. “O que pode amenizar o cheiro do esgoto que é despejado no arroio é a limpeza das fossas e filtros da residências”, complementa.
Além dos serviços já mencionados, as intervenções no Arroio Schmidt também compreenderão manejo de árvores comprometidas, recuperação de margens erodidas (corroídas) e o plantio de novas mudas.

Mais segurança

O prefeito Luciano Orsi saúda a iniciativa e ressalta a importância dos trabalhos para a qualidade de vida da população. “Isso tudo pensando no aumento da qualidade de vida e segurança da comunidade, uma vez que se tornará uma área mais apropriada e livre do risco de tombamento de árvores ou partes delas, que estejam comprometidas”, pondera. Ele lembra que a intervenção faz parte das ações do Programa de Monitoramento da Qualidade da Água realizado pela SEMA.

Bioengenharia

Uma das técnicas que será utilizada nos trabalhos será a de bioengenharia, amplamente utilizada em países da Europa. “Ela consiste basicamente em usar materiais naturais como madeiras, pedras e galhos de plantas com enraizamento por estaquia” explica Timm. “A partir disso se constrói uma estrutura e, a partir destes materiais, se permite uma estabilização do talude e as raízes formam uma malha que protege esse talude”, complementa o biólogo.