Campo Bom – Desde o dia 14 de abril, a Prefeitura de Campo Bom está disponibilizando aos moradores de rua um abrigo provisório. A ação é desenvolvida no Centro Municipal de Educação em sistema de pernoite, das 19h às 7h, para aqueles que já possuem cadastro junto ao Centro Especializado de Assistência Social (CREAS). O espaço conta com colchões e roupas de cama, álcool gel, espaço para higiene e para alimentação. Ao chegarem, os interessados passam por uma avaliação com a técnica de enfermagem, havendo necessidade, serão encaminhados ao sistema de saúde.
O local conta também com equipe de segurança, educador social, equipe de limpeza e cozinheira, que oferecem janta e café da manhã aos que frequentam o local. Segundo a coordenadora geral da Secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação, Luciane Taufer, aos poucos o lugar vem sendo ocupado. “Nossa capacidade de atendimento é 25 pessoas por noite. Já tivemos dias que chegamos atender a metade dessa capacidade”, conta Luciane. O CREAS conta com doações da comunidade, pelas quais Luciane agradece: “Sempre contamos com o apoio da comunidade que é fundamental. Nesse momento temos recebido doações de alimentos, marmitas e roupas.” Quem quiser ajudar, deve entrar em contato com a Assistência Social ou com o CREAS.
80 moradores de rua estão cadastrados
Em Campo Bom, há cerca de 80 pessoas cadastradas junto ao CREAS, na condição de rua. Luciane explica que os motivos para estarem na rua são diversos, “mas é possível encontrar pontos comuns que se referem a conflitos familiares, uso excessivo de alguma substância psicoativa e a perda do trabalho.” Da mesma forma, a chegada deles ao CREAS pode vir de maneira espontânea, por encaminhamento da comunidade e da rede socioassistencial do município.
Auxílio para sair das ruas
Aos cadastrados no CREAS, é oferecido local para higiene, alimentação e guarda de pertences. No Centro, estas pessoas também recebem apoio para sair da situação de rua. “Todos os usuários que acessam o CREAS recebem atendimento psicossocial em que trabalha o projeto de vida desses sujeitos,
visando a saída da situação de rua. As dificuldades (para retirada) são diversas, especialmente, quando se trata do fortalecimento dos sujeitos de acreditarem nessa possibilidade, visto que sofrem preconceitos diariamente e encontram-se num nível de fragilidade extrema”, afirma.