Campo Bom investe na plantação de novas flores para dar identidade visual à cidade

Margarida é uma das plantas escolhidas para compor o novo modelo de jardim campobonense Fotos: Henrique Ternus

Campo Bom – A Secretaria de Meio Ambiente de Campo Bom está iniciando um trabalho nos canteiros e rótulas da cidade com o objetivo de mudar o conceito de paisagismo urbano. O secretário Jeferson Timm explica que, tradicionalmente, a construção dos jardins nos espaços públicos é feita numa linha de jardim convencional, utilizando flores de época, como tagetes, cravina, amor perfeito e boca de leão, que são flores de ciclo curto. Ou seja, a cada quatro ou seis meses, precisam ser substituídas para manter o canteiro florido. “Continuamos trabalhando com elas, mas estamos migrando para uma concepção de jardins mais perenes, isso é, com plantas que não precisam de substituição frequente. Por dois motivos: pela mão de obra para substituição e pelo custo das mudas. Estamos colocando outras plantas, como margaridas e tradescantias, que são algumas plantas que florescem em épocas diferentes do ano, então sempre vai ter flor no jardim. Estamos trabalhando mais com arranjos paisagísticos, de contrastes entre cores e texturas da vegetação”, explicou o secretário.

 

Investimento com flores em 2020 foi de aproximadamente 25 mil reais no município

O secretário Jeferson explica, entretanto, que é difícil mensurar o valor por jardim, já que a compra de flores é feita por intermédio do Projeto Floração Hortas Urbanas. “A gente compra hortaliças para o projeto, que é a troca do orgânico pelas mudinhas, então compramos hortaliças, chás e também flores. Essa compra de flores não é específica para as rótulas, é distribuída também nas escolas, rótulas e para a população”, esclarece.

 

Primeiro canteiro já foi feito

No alto da lomba de Canudos, em uma das entradas de Campo Bom, através da Avenida Brasil, o primeiro canteiro já foi plantado em formato de teste deste novo conjunto de vegetação. “Esse canteiro foi plantado com a equipe que faz os jardins, então, eles já aprenderam a preparar o solo, a desenhar os canteiros e a fazer o plantio. A ideia é migrar, gradualmente, para os demais canteiros da cidade. Não será feito tudo de uma vez, mas no momento que um canteiro precisar de manutenção, vamos substituindo por essas plantas mais perenes. A tendência é que a gente tenha, ao invés de um jardim a cada estação colorido com flores diferentes, ter as flores ao longo do ano, gerando menos manutenção e substituição”.

 

Identidade

A ideia dessa composição paisagística é ser mais marcante. O secretário Jeferson dá o exemplo da serra e suas hortênsias. “A ideia desse jardim, com essa combinação de plantas e cores nos principais acessos e rótulas, tende a dar uma identidade visual para o município. Ajuda o turista a reconhecer o local, assim como ocorre na Serra Gaúcha”, diz.