A indústria, o comércio e o setor de prestação de serviços são os principais pilares da economia campo-bonense. Porém, isso não significa que o poder público não fomente outros segmentos. Um destes setores que contam com apoio incondicional e absoluto para crescer, ampliar mercados e possibilitar novas oportunidades de trabalho é a área da agricultura familiar e o agronegócio.
Campo Bom possui tradição no segmento do setor primário e, há alguns anos, boa parte de quem cultiva hortaliças nas propriedades rurais, possuem como fornecedor principal a Strack Mudas, fundada em 2002, e que é referência no setor. Ou seja, há enormes chances da salada que vai para a sua mesa ter iniciado o seu ciclo em Campo Bom.
Consciente de que é necessário estar de olho em tudo que possa dificultar ou facilitar os negócios ligados ao setor, a Prefeitura ofertará, a partir de 1º de setembro, mais uma novidade em benefício do setor, especialmente, àqueles que se dedicam a criação de animais: é o Escritório de Defesa Agropecuária (EDA).
O secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), Henrique Scholz, cita que essa é mais uma facilidade para contribuir com os agricultores familiares. “A efetivação desta política pública reduzirá os deslocamentos das famílias que criam animais. Até então, os criadores que necessitavam de licenças e comprovações da vacinação dos animais dependiam do EDA, em Parobé. Pensando nesse público, instituímos um convênio com a Secretaria Estadual de Agricultura para implantarmos esse serviço”, comenta o secretário.
Até o local escolhido pela Administração para abrigar o Escritório de Defesa Agropecuária procurou centralizar os atendimentos em um único local. “O espaço funcionará junto ao Espaço Cidadão Cidadania, que abriga o Serviço de Inspeção Veterinária (SIM) e o escritório da Emater/Ascar RS. “Campo Bom olha para essa área, mesmo possuindo um território pequeno, mas vemos tudo com carinho”, pondera Henrique Scholz.
Profissionais preparados
A solicitação de instalação do escritório em Campo Bom foi iniciativa da própria Prefeitura, conforme explica o prefeito Luciano Orsi. “Iniciamos as tratativas para a implantação de um EDA ainda no ano passado, e agora recebemos a aprovação da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) do Estado. Já temos profissionais preparadas para atender nossos produtores rurais e uma data para inaugurar o espaço”, aponta Orsi.
Semear para colher amanhã
Com o Escritório de Defesa Agropecuária, depois de décadas, Campo Bom terá informações fidedignas sobre o tamanho do rebanho e um banco de dados para projetar políticas para o setor primário.
O diretor de Desenvolvimento, Airton Schaeffer, esclarece que Campo Bom possui muitos criadores de animais, especialmente, equinos (cavalos). “Nossa atividade agrícola cresce ano após ano e, em 2020, cresceu 36% no comparativo com o ano anterior”, comemora.
Um grande diferencial de Campo Bom na área é dispor do Serviço de Inspeção Municipal (SIM). “Implantamos o serviço, em 2019, possibilitando a venda dos produtos agroindustriais dentro do município e pelo Estado. A nossa estrutura ainda dispõe de outros dois servidores e uma veterinária”, pontua Airton.
Scholz pontua
“O tema do agronegócio é importante porque valoriza essa questão de agricultura familiar, pois ela é muito forte e, hoje, Campo Bom é o maior produtor de mudas de hortaliças do Rio Grande do Sul e fornece para todo o Estado”, esclarece.
Diferenciais
Toda a estrutura voltada ao setor primário busca favorecer o desenvolvimento das atividades ligadas à agricultura familiar, o agronegócio e os criadores dos animais. Se soma a isso, ainda, o incentivo à Feira do Agricultor, que recebe até 600 pessoas por semana.
Projetos
Para o futuro do setor, a Prefeitura atua para ampliar o fornecimento de alimentos de origem da agricultura familiar na merenda escolar. Está nos planos ainda estabelecer o Programa de Aquisição de Alimentos (P.A.A) e estruturar o Plano Municipal de Desenvolvimento Rural.